As informações sobre a possibilidade de retorno da praça de pedágio entre Caxias do Sul e Farroupilha são motivo de instabilidade entre usuários e comunidade em geral. A afirmação de que o governo do estado propõe a (re) instalação é novamente confirmada pelo presidente da Assurcon, Davi Vicenzo, que demonstra preocupação com o assunto. Já o presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC), Nelson Sbabo, entende que os valores a serem cobrados é que são o núcleo da questão. Para Sbabo, não há como fugir da implantação de novos pedágios, já que as rodovias oferecem cada vez mais insegurança. No entanto, Sbabo preocupa-se com o modelo que será utilizado.

“O jeito que será feito é que nos deixa em dúvida! É possível que tenhamos que aceitar uma forma de cobrança para andarmos em rodovias melhores, mas que seja feito com bom senso!”, disse. Questionado sobre a volta da praça Caxias-Farroupilha, Sbabo, afirma que o conjunto do projeto deve ser analisado e, por isso, prefere opinar de forma mais concreta após analisar a real proposta do governo do estado. (Acompanhe os trechos completos das declarações em áudio).

“Caxias-Farroupilha é o filé da questão! Mas quantas vezes somadas a esse trecho teremos que pagar? Esse é o debate. A Rota do Sol vai ser pedagiada? Vai! Mas quantos pedágios terão?”, disse.

O presidente da Assurcon garantiu à reportagem da São Francisco, em entrevista veiculada nesta segunda-feira, 18-01, que o Plano de Concessões enviado à Assembleia prevê a instalação e, mais do que isso, que o programa aparenta ter sido elaborado por empresas interessadas no negócio. Para Vicenzo, o sistema é o mesmo que o efetuado pelo governo Britto. Entretanto, agora, a concessão não é por 15 anos, mas o dobro.

Além de Caxias, a instalação de pedágios aconteceria também entre São Vendelino e Carlos Barbosa; Carlos Barbosa e Bento Gonçalves; Garibaldi e Farroupilha; BR 116 e Aratinga e Aratinga e Curumim.  A praça de pedágio entre Caxias e Farroupilha foi extinta em 2013, após intensas reivindicações da comunidade.