Dilma Rousseff propõe plebiscito sobre eleição presidencial
Presidente afastada argumentou que somente o voto popular poderia pacificar o país
A presidente afastada Dilma Rousseff fez um pronunciamento nesta terça-feira, 16, no Palácio da Alvorada que chamou de Mensagem ao Povo Brasileiro e ao Senado Federal. Dilma fez a leitura de um texto de quatro páginas e propõe, caso retorne ao cargo, a realização de um plebiscito para consultar a população para antecipar as eleições presidenciais. Dilma argumentou que somente o voto popular poderia pacificar o país.
A presidente afastada também defendeu uma reforma política e voltou a criticar o deputado Eduardo Cunha, do PMDB, que deu início ao processo de impeachment na Câmara. Dilma disse que as medidas econômicas propostas por ela foram bloqueadas e no lugar se aplicou uma chamada pauta-bomba. A presidente afastada também se defendeu das acusações, dizendo que é inocente e não cometeu crime de responsabilidade.
Dilma ainda falou que se o Senado aprovar o impeachment estaríamos diante de um golpe de Estado, segundo as palavras da presidenta afastada.
Essa mensagem lida por Dilma Rousseff foi entregue a cada um dos 81 senadores. É uma tentativa de sensibilizar os parlamentares para tentar impedir a aprovação do impeachment. A atual base do governo interino criticou a proposta da presidente afastada. Para o senador Agripino Maia, do Democratas, é uma apelação de alguém já derrotado.
O presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB, também é contra antecipar eleições.
O líder do PT no Senado, Humberto Costa, disse que a população deveria ser ouvida porque o programa do governo interino não foi aprovado nas urnas.
A primeira sessão do julgamento final contra Dilma Rousseff no Senado foi marcada para o dia 25 de agosto.
Comentários