Na contramão dos protestos realizados em mais de 200 cidades do Brasil e do mundo, um grupo de sindicalistas se reuniu neste domingo, dia 16, em frente ao Instituto Lula para um ato de apoio ao ex-presidente e ao governo Dilma.

Cerca de 500 pessoas vestidas de vermelho e gritando palavras de ordem contra o impeachment interditaram parciamente a Praça do Monumento, no Ipiranga, bairro da zona sul de São Paulo.

Em entrevista à imprensa, Vagner Freitas, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores) se mostrou contra as manifestações que ocorrem no país. Freitas enfatizou que não há motivos para Dilma deixar o governo.

O presidente da CUT ainda aproveitou a oportunidade para esclarecer o discurso que fez esta semana pedindo aos movimentos sociais para "irem para as ruas com armas nas mãos se tentarem derrubar Dilma". "O povo levou de uma maneira completamente equivocada, não tem cabimento. Lamentavelmente isso tem trazido alguns problemas pessoais para mim e para minha família. Uma frase que eu falei transformam em um evento mundial, agora jogam uma bomba no Instituto Lula e não tem a menor repercussão".

Em nota divulgada no site da instituição, ele fez questão de enfatizar que a CUT não pratica nem incita à violência.

Ausência de Lula

Rafael Marques, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, também esteve no protesto em prol do governo e justificou a ausência do ex-presidente. "Achamos que não deveríamos convidá-lo, foi uma decisão da CUT. Não podemos permitir que a imagem do ex-presidente seja desconstruída. Não era o caso de convidar e sim vir aqui e defender a nossa história e nosso legado". 

Segundo assessores, Lula passou o dia em casa com a família, em São Bernardo, no Grande ABC.