“Sensação de dever cumprido, com um pouco de frustração”, reflete prefeito de Caxias sobre o final de mandato
Flávio Cassina (PTB) fez uma avaliação de seu governo nesta terça-feira (15/12), no programa No Ponto
A análise do prefeito de Caxias do Sul, Flávio Cassina (PTB), sobre o tempo em que está a frente da Prefeitura é de dever cumprido e o sentimento de ter feito o que pôde como chefe do Executivo municipal, em meio à pandemia da Covid-19. A avaliação foi realizada nesta terça-feira (15/12), no programa No Ponto.
Segundo ele, a decepção também marca a administração por não conseguir efetuar todas as ideias neste um ano de mandato. “A sensação é de dever cumprido, mas ao mesmo tempo um pouco de frustração por não termos conseguido fazer aquilo que gostaríamos neste ano. Muitos fatores influenciaram, mas fizemos o que pôde. Muita coisa boa vai ficar para o nosso sucessor. Poderíamos ter feito mais se não tivesse algumas circunstâncias que nos prejudicou, como a pandemia.”, completa.
Cassina fez uma retrospectiva desde o dia da possibilidade de assumir a Prefeitura. Ele afirma que não tinha planejamento para a cidade, pois havia dúvidas se o processo de impeachment do ex-prefeito Daniel Guerra (Republicanos) passaria na Câmara de Vereadores. Sem uma organização, o prefeito relembra que o secretariado foi montado às pressas. “Quando ocorreu o fato (afastamento de Daniel Guerra), tivemos que “botar” um secretariado correndo, colocamos três embaixo do braço e fomos escolher os nomes na base da experiência. Não tivemos tempo para planejamento e, muito menos, para ensinar alguém. (...) Graças a Deus, acertamos em mais de 90% dos nomeados para as secretarias, eles estão dando a resposta que esperávamos.”, complementa.
Um dos desafios do prefeito eleito Adiló Didomenico (PSDB) será a resolução do caso Magnabosco. Cassina acredita que o Município não pode pagar o valor pedido pela família que pode superar os R$ 800 milhões. A Prefeitura deve abrir recurso em todas as instâncias judiciais para diminuir a quantia. “Acho que vamos ter que conversar com a família para receber uma proposta. Se for um valor plausível que podemos assumir, lidaremos com o montante. Temos que buscar um mecanismo para fazer esse pagamento, porque a família não pode ser prejudicada, mas o Município também não com uma conta desse tamanho. (...) Antes de terminar o mandato, vamos ter uma conversa com a família.”, diz.
Cassina falou do trabalho no combate à pandemia da Covid-19. Na chegada do vírus na cidade, ele observa que o decreto de calamidade pública ajudou a trazer verbas federais destinadas exclusivamente para prevenir a disseminação da doença. Outro ponto foi a participação de setores da economia que ajudaram a não espalhar o vírus, como as empresas Marcopolo e Randon que deram férias coletivas aos funcionários. Porém, ele cita que atualmente faltam profissionais da saúde para trabalhar nos hospitais. “O principal problema é o material humano, aqueles que trabalham estão com uma carga horária muito pesada. Não estamos achando médicos intensivistas para ajudar a não sobrecarregar esse trabalho. Por isso, apelo para que a comunidade nos ajude, porque a situação pode ficar difícil nos próximos dias.”, pede.
Ele ainda ressaltou que não fará parte do novo governo. Cassina destaca que voltará para seu negócio na iniciativa privada, pois visualiza que foram desgastantes os anos em que passou no poder público.
Flávio Cassina (PTB) deixa a Prefeitura de Caxias do Sul no dia 1º de janeiro de 2020. A partir desta data, quem assume é o prefeito eleito Adiló Didomenico (PTB).
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