Sem obter espaço na tribuna, representantes do Cpers dão as costas para pronunciamento do Sindiserv na Câmara
Tempo de discurso na tribuna foi definido em reunião fechada
Foto: Noele Scur
O projeto sobre a terceirização levou manifestantes do Centro dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers/RS) e do Sindicato dos Servidores Municipais (Sindiserv) ao plenário da Câmara de Vereadores nesta quarta-feira (15). O grupo esperou por duas horas até que os líderes de bancada se reuniram com o presidente da Casa, Flavio Cassina (PTB), e então, decidiram conceder 5 minutos de pronunciamento na tribuna.
Cassina anunciou que o representante seria o presidente do Sindiserv, João Dorlan. Nesse momento, os membros do Cpers deram as costas ao discurso de Dorlan. O vereador Renato Nunes (PRB) tentou intervir. Disse que o tempo poderia ser dividido também com os outros, mas Cassina afirmou que o ‘assunto estava liquidado’. Sem maiores constrangimentos, Dorlan falou no tempo integral.
Representando o Cpers, Neusa Groeff, saiu contrariada do plenário. “Viemos até aqui e escutamos por duas horas. Pedimos 5 minutos para falar e não fomos ouvidas. Eles elegeram alguém para nos representar que não nos representa. Uma falta de respeito!”, disse à reportagem. (Acompanhe em áudio as demandas da classe)
Moção de contrariedade - Na mesma sessão, os vereadores aprovaram por unanimidade a moção da bancada do PT, em contrariedade à aprovação do PL 4330. Chamou a atenção os dois discursos do vereador Daniel Guerra (PRB), que antes era contrário à moção mas, mudou de ideia e votou favorável. A postura rendeu momentos de descontração. O vereador Zoraido Silva (PTB) disse que o vereador Guerra o havia convencido de votar contra mas, depois, o convenceu a votar a favor. A vereadora Denise Pessôa (PT) foi mais longe e disse e deu os parabéns pelo ‘recuo estratégico’.
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