Tumulto entre vereadores marca sessão plenária nesta quinta-feira em Caxias do Sul
Discussão sobre corrupção no legislativo repercutiu nas declarações
O vereador Renato Nunes (PRB) surpreendeu quando acusou o vereador Guila Sebben (PP) de corrupto durante sessão desta quinta-feira (14). Ele, na verdade, respondia aos questionamentos de quem seria o corrupto da Câmara, anunciado na semana passada, após declarações de Daniel Guerra (PRB) de que um deles recebeu verba de bancos para a campanha a deputado estadual.
Nunes reproduziu áudios utilizados pela oposição ainda em 2012 nas negociações de cargos da prefeitura para quem apoiasse a candidatura de Alceu Barbosa Velho. “Comprar voto é corrupção, agora vender apoio partidário não? Ganhar CC8 em troca não é? Assim até eu ganhava a eleição. O senhor se vendeu e continua se vendendo!”, disse. (Acompanhe em áudio)
Fora dos microfones, o vereador Guila Sebben, afirmou que corrupção existe na ‘igreja de Nunes’ e o chamou de ‘ex-pastor’. O mal estar quase provocou agressões e fez com que o presidente da Casa, Flávio Cassina (PTB), suspendesse a sessão por alguns minutos. Depois, Guila ocupou a tribuna e disse que estava tranquilo com a acusação, considerada ‘vazia’ por ele. “Cadê o desvio de dinheiro? O roubo? O crime de corrupção? Não tem!”, disse. (Acompanhe em áudio)
Antes da sessão desta quinta-feira, alguns vereadores, como Jaison Barbosa (PDT), pediam informalmente a abertura da comissão de ética para apurar a denúncia de Nunes. Agora, a reunião quinzenal da Mesa Diretora, na próxima segunda-feira (18), deve tratar do assunto. Pelo menos um vereador precisa entrar com uma representação para que a ética da Casa seja acionada. Na segunda-feira, Guila não estará presente. Ele irá representar a Câmara na Assembleia Legislativa.
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