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Vereadora Ana Corso repudia ações contra identidade de gênero

por Ivan Sgarabotto

Petista é contrária à ideia de moção em repúdio ao 'Queermuseu' em biblioteca e projeto de lei prevendo análise de livros

Foto: Matheus Teodoro

As discussões sobre limitar acesso a exposições artísticas e publicações envolvendo nudez e identidade de gênero foram tratadas pela vereadora Ana Corso/PT na quarta-feira, 11, na Câmara Municipal de Caxias do Sul. A petista discursou antecipando contrariedade à intenção do vereador Edson da Rosa/PMDB de apresentar moção de repúdio a um livro disponibilizado na Biblioteca Municipal e a um projeto de lei de Chico Guerra/PRB exigindo controle sobre obras literárias nas escolas.

Ana Corso iniciou sua fala criticando o posicionamento de Edson da Rosa, que repudia a disponibilização em biblioteca pública do livro “Queermuseu”, da exposição promovida pelo Santander Cultural e encerrada devido à polêmica.  A parlamentar entende que há um exagero e uma crescente tentativa de censura a obras de arte sobre nudez, tema retratado por artistas há muitos anos e que agora ganha destaque por ação do Movimento Brasil Livre (MBL).

A petista avaliou que a arte tem múltiplas interpretações, portanto, as expressões não podem ser classificadas como apologia a pedofilia, zoofilia ou algo similar. Para Ana Corso, se o caso fosse combater pedofilia, deveria se começar por casos envolvendo religiosos da Igreja Católica. A parlamentar também criticou a manifestação contra um ator transgênero interpretar Jesus Cristo em uma peça teatral e a ação de um juiz determinando tratamento de cura gay, o que já foi banido há anos do Código Internacional de Doenças (CID).

Na avaliação da vereadora, desde o impeachment de Dilma Rousseff, ao que ela classifica como golpe, o país passa por um retrocesso devido à censura promovida por um movimento de direita fascista. Lembrou que, dessa forma, logo a sociedade assistirá à queima de livros, como praticavam os nazistas.

Ana Corso também se manifestou contrária à proposta de Chico Guerra de que livros sejam analisados para que conteúdos sobre ideologia de gênero não sejam disponibilizados em escolas. A parlamentar destacou que a ideia vai contra decisão do próprio Legislativo, que no ano passado aprovou o plano municipal de educação prevendo orientação sobre identidade de gênero, justamente para que não haja discriminação das pessoas.

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