O senador gaúcho Paulo Paim definiu, nesta segunda-feira, dia 11, a sua permanência no Partido dos Trabalhadores. A decisão foi anunciada após reunião com a executiva estadual da legenda, em Porto Alegre. Entre os participantes do encontro, estavam o presidente estadual Ary Vannazi e o ex-governador Olívio Dutra.

Entrevistado pela reportagem da Rádio São Francisco e RedeSul de Rádio, o senador salientou que a decisão é coerente com sua trajetória de 30 anos de militância no PT. Paulo Paim destaca que o clima de constrangimento com o Palácio do Planalto começou ainda em 2014, a partir de posicionamentos divergentes. Ele afirmou à reportagem que a executiva estadual da legenda deu carta branca para que as críticas necessárias continuem sendo feitas. (Acompanhe em áudio)

Paulo Paim garante que o episódio de quase ruptura com o PT não vai alterar sua postura no Congresso. O parlamentar gaúcho afirma que vai continuar defendendo os interesses dos movimentos sociais e populares, mesmo que, para isso, eventualmente precise votar contra o governo no Senado.

Questionado sobre o relacionamento político com a presidente Dilma Rousseff, o senador queixou-se de falta de diálogo. Paim relata nunca ter participado de uma reunião privada com Dilma desde que ela chegou à Presidência da República. Em relação a seu futuro político, Paulo Paim confirmou a intenção de disputar a reeleição ao Senado Federal em 2018. A corrida ao Piratini está fora dos planos do senador.