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Prefeitos conhecem produção vinícola, sistema de gotejamento e “Embrapa” de Israel

Central de Conteúdos Rádio Garibaldi AM

A Vinícola Barkan é maior do Oriente Médio

Foto: Divulgação

O terceiro dia da Missão Técnica dos Prefeitos da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne) em Israel foi bastante intenso e proveitoso. A programação iniciou numa vinícola, passou por uma empresa de implantação de sistemas de gotejamento e encerrou com palestras no Volcani Center, o que equivale à Embrapa no Brasil.

A Vinícola Barkan, localizada no Kibutz Hulda, é maior vinícola do Oriente Médio. Possui cerca de 700 hectares de parreirais, dispersos de Norte a Sul de Israel, sendo que na unidade visitada estão aproximadamente 200 hectares. A produção anual é de 11 milhões de litros de vinhos, das mais variadas espécies vinícolas, como Cabernet Sauvignon, Merlot, Malbec, Riesling, entre outros, além de Brandy.

Toda a área cultivada utiliza processo de fértil irrigação. Nas regiões mais planas são colhidas 20 ton/ha; já nas regiões montanhosas a produção cai para 10 ton/ha, o que é compensado pela qualidade das uvas, utilizadas para a elaboração dos vinhos top da Vinícola. As explicações iniciais foram fornecidas pelo agrônomo Yakow Cohen-Ahdut e seguiram com a explanação da guia de visitação, Nani Van Den Bergh.

Ainda na parte da manhã, a comitiva se dirigiu à NaanDanJain, empresa especializada em tecnologia para desenvolvimento, produção e comercialização de equipamentos, componentes e sistemas de irrigação, com área experimental de cerca de 1000 ha. O grupo foi recepcionado pelo brasileiro, CIO da empresa, Marcelo Procianoy, que interpretou as explicações sobre o funcionamento da mesma, fornecidas pelo diretor, engenheiro Amnon Ofen.

A NaanDanJain está no mercado há mais de 60 anos e atua em cerca de 130 países, incluindo o Brasil, com unidade no Distrito Industrial do Leme (SP). Trabalha com qualificação e treinamento, tecnologias ambientais sustentáveis, ecologia e meio ambiente, sendo sustentada em quatro pés: pesquisa e desenvolvimento, agricultor, indústria e extensão. Em 2012 a empresa faturou cerca de US$ 882 milhões. Já no ano de 2016 pretende investir US$ 20 milhões no estado de São Paulo. A diretoria sinalizou inclusive a possibilidade de uma ligação entre a empresa, a UCS e a Fepagro para instalação de uma área experimental na Região da Serra Gaúcha.

Na parte da tarde, o grupo esteve no campus Volcani Center, pertencente ao Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, instituto responsável pela área da pesquisa agropecuária do país, nos setores de ciência animal, proteção vegetal, solo, água, ciências ambientais, engenharia agrícola, pós-colheita e ciências alimentares.

Além dos departamentos, o instituto possui um setor responsável pelo relacionamento com a iniciativa privada, denominado Kidum, o qual tem como objetivo interagir com os empresários a fim de transformar o conhecimento em empreendimento. O que chamou muita atenção do grupo é de que Israel possui 280 empresas na área de tecnologia agrícola, sendo de que destas, 200 exportam e geram US$ 4,8 bilhões ao ano em divisas, o que é maior do que o rendimento de toda produção agrícola do país. Nas explanações, entre os dados apresentados, destaca-se o fato de que em 1955, um agricultor produzia alimento para 15 pessoas e atualmente, graças às tecnologias desenvolvidas, a produção de um agricultor sustenta 150 pessoas.

No local os prefeitos e demais integrantes da comitiva foram recepcionados pelo também brasileiro Beni Lew, mato-grossense que vive em Israel e é pesquisador do Volcani Center. Após as explanações foram realizadas pelo vice-diretor de Pesquisa e Desenvolvimento, Itamar Glazer e seguiram com o vice-diretor Geral Itzhak Ben-David.

A programação de hoje foi coroada com um almoço no refeitório do Kibutz Naan, entre os moradores, estudantes e trabalhadores. Os “kibutz” são uma espécie de comunidade rural auto gestionária, a maior em área existente no mundo, fundada em 1930, por um grupo de jovens da juventude trabalhadora de Israel, onde vivem atualmente cerca de 1500 pessoas.

Texto e fotos: Mônica Rachele Lovera/Assessora de Imprensa da  Amesne

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