Frente Parlamentar “A Maesa é Nossa” é retomada em meio a pedido do Município de ocupação imediata
Baixar ÁudioMovimento foi retomado nesta terça-feira (11/02) pela Câmara de Vereadores de Caxias do Sul
A Câmara de Vereadores de Caxias do Sul reinstalou, na sessão desta terça-feira (11/02), a Frente Parlamentar “A Maesa é Nossa”. A decisão foi efetuada pelo voto unânime dos presentes. A intenção é verificar como anda o processo de ocupação do antigo prédio da Metalúrgica Abramo Eberle.
O movimento foi criado em 2012 e foi reinstalado pelo vereador Rafael Bueno (PDT) no ano de 2017 e 2018. Em 2019, a frente não foi recomposta pela falta de interesse do Executivo em dar continuidade ao projeto, conforme afirma o parlamentar.
Agora, ele foi um dos mobilizadores pela volta do movimento. Segundo Bueno, o interesse do prefeito Flávio Cassina (PTB) em usar o espaço de forma imediata foi um dos motivos para o retorno. O vereador espera que a atual gestão faça um trabalho de revitalização para que em uma parceria público-privada seja utilizado o terreno de 53 mil metros quadrados. “O próprio prefeito mostrou interesse em ocupar parte desse espaço de forma imediata, com parte da população usando esse local como momento de lazer. Esperamos que seja feita uma grande revitalização do espaço, como a praça interna e a limpeza necessária, principalmente se tiver produtos tóxicos, como há suspeita. Penso que deve ser feita, o mais breve possível, uma parceria público-privada para que haja uma comunicação de fato. ”
Em entrevista, a gerente de projetos da Secretaria Municipal de Planejamento (Seplan), Rúbia Frizzo, conta o que foi realizado nestes sete dias à frente do projeto de ocupação. Conforme ela, foram contatadas diversas pastas municipais para tratar sobre a limpeza da parte interna da Maesa e os resíduos deixados no espaço. “Estou entrando em contato com as diversas secretarias para ver do passivo ambiental, das limpezas na área e nas praças, pois o espaço ficou fechado muito tempo. Queremos e gostaríamos de entregar para o uso da comunidade, o mais cedo possível, a parte interna, pois temos ruas dentro do complexo da Maesa, na verdade, há várias ruas, duas praças bonitas e um lago. ”
Frizzo afirma que o próximo passo será escolher quem terá o encargo de cuidar do local e será trabalhado, junto com a Secretaria Municipal de Segurança Pública e Proteção Social (SMSPPS), meios de fiscalizações. Posteriormente, a ideia é realizar um processo licitatório para a implementação do plano e a instalação do mercado público seria o primeiro empreendimento na Maesa. “Vamos verificar como faremos esse atendimento ao público, quem vai ficar responsável pelo cuidado desse patrimônio, faremos um trabalho grande com a Secretaria Municipal de Segurança Pública e Proteção Social para ver do tema. Tem essas questões mais técnicas que estamos tratando. Depois, há as questões de implementação do projeto, que vamos tratar por meio de licitações e essas contratações todas para dar andamento. Há um entendimento que o mercado público, como foi tratado sempre em todas as audiências públicas e em todos os envolvimentos da comunidade, seria o primeiro equipamento a ser instalado. ”
O espaço foi cedido pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul em 2014. De lá para cá, foram colocadas um posto da Guarda Municipal e a Diretoria de Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal da Cultura (SMC), o que equivale a uma ocupação de 200 metros do prédio, menos de 1% do total.
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