A derrubada da moção contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff ocorreu pouco depois das 22h desta quinta-feira, 10-11. Após intenso debate sobre o assunto e horas de pronunciamentos sobre os nomes de rua aprovados na pauta do dia, 13 vereadores votaram pela rejeição do documento. Foram favoráveis ao texto somente os vereadores Denise Pessôa e Rodrigo Beltrão, do PT; Henrique Silva (PCdoB) e o autor, Virgili Costa (PDT). Cinco vereadores já tinham ido embora no horário da votação. Os ausentes foram Flávio Dias (PTB), Gustavo Toigo, Pedro Incerti e Washington Cerqueira, do PDT e Rafael Bueno (PCdoB).

Desta forma, 13 vereadores garantiram o placar de que a maioria na Câmara caxiense é favorável ao impeachment. Votaram a favor do impeachment: Adelino Teles, Edson da Rosa e Daiane Melo, do PMDB; Arlindo Bandeira e Guila Sebben, do PP; Daniel Guerra e Renato Nunes, do PRB; Edi Carlos e Raimundo Bampi, do PSB; Jaison Barbosa, do PDT; Kiko Girarid, do PSD; Neri, do SDD e Zoraido Silva (PTB).  

Virgili manifestou descontentamento com a política. Ele também reiterou que ser a favor da saída de Dilma abre precedente para que outros sofram impeachment sem prova cabal de corrupção. Ele também disse que Dilma não é Collor. (Acompanhe em áudio)

O vereador Daniel Guerra (PRB), que ingressou com outra moção em regime de urgência sendo a favor do impeachment, considerou as irregularidades nas contas do governo. (Acompanhe em áudio)

Para a vereadora Denise Pessôa (PT) o processo é baseado em questões particulares do presidente da Câmara Federal Eduardo Cunha (PMDB). (Acompanhe em áudio) os petistas também citaram que não há movimentação pela saída do governador Sartori por conta de 'pedaladas' no estado e nem de quando houve meses de greve dos  médicos em Caxias.

A moção de Guerra, que é a favor do impeachment, e teve o regime de urgência derrubado ainda volta para votação na pauta de terça-feira, 15-12, última sessão do ano.