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Vereadora Ana Corso propõe aulas de educação e conscientização sobre violência contra a mulher

por Ivan Sgarabotto

Projeto de lei da parlamentar prevê conteúdo curricular sobre a Lei Maria da Penha

Foto: Franciele Masochi Lorenzett

Por meio da educação e conscientização nas escolas, a vereadora Ana Corso/PT espera coibir a violência contra a mulher. Para isso, a parlamentar protocolou na Câmara Municipal de Caxias do Sul um projeto de lei prevendo que instituições municipais de ensino incluam tarefas transversais sobre o tema nas salas de aula.

A petista apresentou sua proposição na sessão ordinária desta quarta-feira, 09. Na opinião de Ana Corso, meninos e meninas precisam conhecer desde cedo a Lei Maria da Penha, que pune com rigor agressores de mulheres. Desta forma, acredita a vereadora, o mundo será menos violento, menos machista, menos patriarcal e mais justo. Ela exemplificou que temas como meio ambiente e trânsito já estão previstos em tarefas transversais.

Em seu pronunciamento, a parlamentar destacou a problemática da violência contra a mulher. Informou que, apenas no ano passado, Caxias do Sul teve registrados 6 mil casos de agressão. Desses, 5 foram feminicídios, sendo que, em 2017, a cidade já teve cinco desses crimes. Ana Corso destacou que 3,1 mil vítimas estão amparadas por medidas protetivas. Destacou que, apenas na terça-feira desta semana, a Coordenadoria da Mulher atendeu 14 vítimas de agressão.

Na avaliação da petista, o município tem tradição e avanços importantes no combate a esse tipo de violência. Citou que desde 1989 há uma delegacia especializada à mulher e serviços como a Casa Viva Raquel, que abriga vítimas, o Conselho Municipal de Violência Contra a Mulher, composto em 2/3 pela sociedade civil e 1/3 governamental, além de outros serviços.

A parlamentar destacou a luta até a conquista do juizado especial voltado à mulher. Para Ana Corso, o conjunto de ações é fundamental para evitar casos nos quais homens matam mulheres por não aceitarem o fim do relacionamento, e até mesmo se suicidam após assassiná-las.

Em aparte, Rafael Bueno/PDT declarou que no Congresso Nacional a mulher não tem seus direitos defendidos, principalmente pelos políticos que pregam a Bíblia. Disse ainda que no ano passado o então vereador  Daniel Guerra/PRB defendeu que mulher estuprada tenha de gerar o filho e o estuprador conviva com a criança. O pedetista lembrou que a Rede Recria, que combate abuso sexual contra crianças, está desativada neste ano.

Também em aparte, Paula Ioris/PSDB elogiou Ana Corso pelo projeto de lei e ressaltou o fato de ela apresentá-lo justamente na sessão ordinária em que houve apresentação do Programa de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual (Pravivis) do Hospital Geral.

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