Vereador caxiense acusa prefeito cassado por ocultar protocolos oficiais que pediam obras na cidade
Baixar ÁudioReclamação ocorreu nesta sexta-feira (10/01), quando o chefe de gabinete do Município encontrou indicações de três anos atrás
O vereador Rafael Bueno (PDT) acusa o prefeito cassado de Caxias do Sul, Daniel Guerra (Republicanos), de ocultar um projeto de lei e indicações efetuadas pelo próprio parlamentar. A queixa ocorreu nesta sexta-feira (10/01), após o chefe de gabinete do Município, João Uez, mostrar uma caixa com cerca de 200 indicações que estavam engavetadas desde o início da administração do ex-mandatário.
Alguns documentos continham a palavra “desconsiderar” e deveriam ser encaminhadas às pastas municipais, conforme pontua o vereador. A maioria dos pedidos tinha como destino a Secretaria de Obras e Serviços Públicos (Smosp) e pediam intervenções em bocas de lobo, postes de iluminação e calçadas. Bueno avalia que a atitude da antiga administração é um crime contra a população, pois as indicações são fruto de diversas solicitações realizadas pela comunidade em prol de reparos na cidade. O Legislativo possui o papel apenas de protocolar oficialmente as reclamações e enviar para o Executivo. Segundo ele, mais de duas mil documentações de vereadores foram ocultadas pelo prefeito cassado.
“Um crime contra a população que paga altos impostos e merece essa retribuição de obras e melhorias na comunidade. Essas indicações, as quais outros vereadores também protocolaram, são documentos oficiais e formalizados por nós, vereadores, onde a população recorre para solicitar reparos na iluminação, na rede de esgoto, nas calçadas e nas ruas. Acredito que tenha mais de duas mil indicações [somando todos os vereadores].”, comenta.
O parlamentar revela que mais situações desse porte serão expostas por Uez. Ele afirma que existem arquivos que foram escondidos por Guerra, principalmente ligados ao empresariado caxiense. Segundo Bueno, há documentos oficiais referentes a solicitações de alvarás e para a formação de loteamentos.
“Fiquei sabendo pelo chefe de gabinete, João Uez, que outras coisas serão elucidadas nos próximos dias, verdadeiros corretivos e listas negras referentes a outras entidades, principalmente ao empresariado. Há documentos de empresários, que solicitaram liberação de alvarás e encaminhamentos de loteamentos, engavetados há três anos por retaliação e perseguição.”, afirma.
Na próxima semana, o parlamentar deve encaminhar uma denúncia junto ao Ministério Público para tomar providências no que considera uma “lista negra contra a população”. O pedido vai nortear a possível negligência da administração afastada com a comunidade.
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