O discurso foi de defesa ao governo Dilma e o pedido de impeachment considerado um golpe. Ainda assim, o vereador Rodrigo Beltrão (PT) chamou a atenção por apenas uma frase em seu pronunciamento. Na sessão desta terça-feira, 08-12, o vereador, que é conhecido como uma das principais lideranças do PT em Caxias do Sul, afirmou que não sabe até quando estará no PT. (Acompanhe em áudio)

Beltrão também entende que há uma coincidência histórica sobre o PMDB, que estaria sempre envolvido em golpes à democracia. Assim, citou a posse de José Sarney e Itamar Franco como presidentes, o que remeteu indiretamente ao fato de Michel Temer ser o sucessor em caso de atual impeachment.

Sugestão ao PT local - Questionado pela reportagem, Beltrão afirmou que deseja manter a mesma postura ideológica e não confirmou se realmente haverá desfiliação. O vereador também demonstrou enfrentar mais dificuldades com o próprio PT municipal do que com os fatos envolvendo investigações de filiados em nível nacional. Segundo ele, a situação do PT local exige reflexões.

Moção deve dividir plenário - Na última semana, o silêncio marcou a sessão seguinte à decisão de abertura do processo de impeachment na Câmara Federal. Coforme o vereador Virgili Costa (PDT), em breve o plenário caxiense irá votar uma moção contra o impeachment da presidente por não ter base legal. O prefeito Alceu Barbosa Velho já se manifestou contra o processo em entrevista à rádio São Francisco, mas a maioria da base governista teria concordância com o andamento efetuado por Eduardo Cunha (PMDB).