No início da tarde desta quinta-feira, 7/7, o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, confirmou para a imprensa seu pedido de afastamento da presidência da Casa. A renúncia ocorre no período em que seu processo de cassação tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Para o deputado federal Pepe Vargas (PT/RS), essa é mais uma manobra em busca de apoio de parlamentares impedindo que ele perca o mandato.

Com a renúncia do presidente, a Câmara dos Deputados deve eleger uma nova direção. Pepe afirma que a baixa produtividade da Câmara sob o comando de Waldir Maranhão (PP-MA) era orquestrada por Cunha.

O mandato de deputado federal prevê foro privilegiado e seus crimes seriam julgados pelo Superior Tribunal Federal. Caso perca o mandato, o julgamento dos crimes relacionados aos desvios da Petrobrás cairia nas mãos do juiz Sérgio Moro.  O deputado Mauro Pereira, (PMDB/RS) diz que a renúncia chegou tarde demais.

Pereira defendia a atuação de Cunha na Câmara, mas garante que diante das provas vai votar pela cassação do deputado.