Vereadores lamentam postura do presidente do sindicato dos médicos sobre cobrança adicional de partos
A confusão que aconteceu na reunião de segunda-feira (06) sobre a cobrança de partos foi motivo de pronunciamento por alguns vereadores na sessão desta terça-feira (07). O encontro, que debateria a cobrança adicional feita às pacientes com plano de saúde foi marcado pelo abandono do presidente do sindicato dos médicos, Marlonei dos Santos. Ele se retirou do local após bate-boca com uma mulher que participava da reunião.
Conforme o vereador Rafael Bueno (PCdoB), Marlonei teria dito que os médicos recebem pouco e, por isso, poderia cobrar da paciente. Bueno entende, ainda, que o presidente incentivou sonegação de impostos já que teria defendido que os profissionais não precisam ofertar nota fiscal ou recibo. “Para quem não sabe ele (Marlonei) trabalhou na ditadura, foi um torturador. Sabendo que ele estaria presente nenhum médico veio, nem a própria secretária da saúde esteve presente. Isso é para vermos a confiança que ele tem como presidente”, disse. (Acompanhe o trecho completo em áudio)
A vereadora Daiane Melo (PMDB) voltou a dizer que a cobrança é ilegal. Para ela, se não há legislação sobre o assunto, também não pode existir a taxa adicional e, muito menos, escolha de valor diferenciado para cada paciente. “Isso não pode estourar na população! Ficou mais claro ainda que essa taxa é ilegal!”, disse. (Acompanhe o trecho completo em áudio)
O vereador Guila Sebben (PP) entende que a movimentação sobre o assunto deve ocorrer no Congresso Nacional. A denúncia feita pela vereadora Daiane tramita no Ministério Público. Segundo Daiane, o Ministério da Saúde considera os casos ilegais. Os médicos recebem pelos partos efetuados por meio do plano de saúde, mas em Caxias do Sul, é prática efetuarem cobranças pela disponibilidade direto das gestantes.
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