A moção contrária ao projeto de lei que tramita no Congresso Nacional chamou a atenção pelos argumentos durante o debate na sessão desta quarta-feira (06). A autora da proposta, vereadora Denise Pessôa (PT), acredita nos malefícios dos alimentos com semente modificada geneticamente e, por isso, discorda do projeto deixa as empresas livres de informar com a letra T nas embalagens dos alimentos. A proposta do deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS) foi aprovada na Câmara e segue para o Senado. Denise apontou que, se não há algo a esconder, não haveria motivos para uma lei não obrigar a informação no rótulo. Ela também alertou que há pesquisas em que casos de câncer são apontados como resultados desse tipo de alimentação. Além disso, Denise considerou que existe a ditadura das empresas que produzem sementes modificadas no Brasil.

Já o vereador Raimundo Bampi (PSB), conhecido por atuar mais de 20 anos a frente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, votou contra. Para ele, os prejuízos à saúde que os transgênicos podem causar estão mais na ideologia do que na ciência. “Até hoje não me convenceram! Para serem produzidos no País passam pela aprovação de vários ministérios. Os pesquisadores não seriam tão irresponsáveis em liberar produtos que trouxessem prejuízos para toda a população”, disse.

Acompanharam Bampi, os vereadores Edi Carlos (PSB), Guila Sebben (PP) e Renato Nunes (PRB). A moção contrária a retirada do símbolo foi aprovada pela maioria.