A Câmara de Vereadores de Caxias do Sul vota, nesta terça-feira (03/12), o projeto de lei por cópia que reconhece as bancas de jornal e revistas como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial da cidade. A matéria é de autoria dos vereadores Rafael Bueno (PDT), Paulo Périco (MDB) e Elói Frizzo (PSB).

A proposta será votada em regime de urgência, pois os parlamentares justificam que a Prefeitura caxiense ainda não retornou ao Legislativo o projeto mandado em agosto desse ano e descumpriu uma ordem do Tribunal de Justiça do Rio Grande do SUL (TJ-RS), que decidiu que o Executivo não poderia retirar, demolir ou descaracterizar os estabelecimentos. Na última semana, o Município iniciou uma série de pinturas nas quatro bancas restantes.

O vereador Rafael Bueno acredita na aprovação do projeto, considerando que seria uma justiça para aqueles que prestam um serviço de utilidade pública e dependem desse trabalho para tirar sua renda.

“Tenho plena certeza que os colegas vereadores farão justiça com esses trabalhadores que tem como sua fonte única de renda as bancas. Eles [ex-proprietários] querem continuar trabalhando e desenvolvendo seu serviço de utilidade pública na cidade.”

Roque Simas, ex-proprietário da banca localizada próxima ao antigo Postão 24H, acredita que se a matéria for aprovada será a oportunidade de retornar ao local e voltar ao trabalho. Ele vê que o projeto é uma chance das bancas sobreviverem na cidade. “Para mim já é uma grande coisa, pois temos uma chance de voltar a trabalhar e as bancas em si elas vão sobreviver, mesmo que a gente não as assuma.”

Já para Bueno, a proposta representa uma luta contra a administração municipal e mostra que as bancas fazem parte da memória viva da cidade.

“Símbolo da luta de resistência contra a administração municipal. As bancas de revistas fazem parte da memória, da identidade e da cultura de Caxias do Sul. A história viva passa pelas bancas da cidade, não só pelas compras de revistas ou jornais, mas usadas para ponto de encontro e de informação.”

Para entrar em votação nesta terça-feira (03/12), o projeto de lei passou em primeira discussão na última quinta-feira (28/11).

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