O processo que resultou no afastamento de Dilma Rousseff da presidência da República segue dividindo opiniões no Brasil. Em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, não é diferente. Lideranças sindicais e empresariais manifestam visões antagônicas sobre o tema.

O presidente do Sindicomerciários (entidade que representa os trabalhadores no comércio), Silvio Frasson, afirma que o impeachment representa uma ruptura democrática no país. Para o sindicalista, os senadores que aprovaram o afastamento de Dilma não apresentaram argumentação consistente, cassando a presidente sem provar os crimes de responsabilidade. (Acompanhe, em áudio)

Por outro lado, o empresário Nelson Sbabo, que preside a Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias (CIC), considera que a troca de governo vai estancer a crise econômica que o país atravessa. De acordo com Sbabo, vai retomar a confiança dos investidores. Já os trabalhadores metalúrgicos de Caxias e região encaram o impeachment como um golpe parlamentar. (Acompanhe, em áudio)

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Claudecir Monsani, defende resistência ao governo Temer e postura firme de oposição ás reformas trabalhista e da Previdência. A classe patronal, por sua vez, considera o que governo Temer inaugura uma nova fase para o Brasil. O empresário Getúlio Fonseca, ex-presidente e atual diretor do SIMECS, diz a que a economia já mostra sinais de reação. (Acompanhe, em áudio)

Dilma Rousseff foi afastada definitivamente da presidência República nesta quarta-feira, 31 de agosto. Com a mudança de governo, Michel Temer fica no cargo até 31 de dezembro de 2018.