Cordilheira brasileira submarina é laboratório para a descoberta de espécies e ecossistemas
Baixar ÁudioImagens inéditas feitas durante expedição cientifica na Cadeia Vitória-Trindade revelam um dos melhores ambientes marinhos para o estudo dos processos de evolução e origem da vida nos oceanos
A bordo do veleiro polar Paratii 2, cientistas da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), da Universidade Vila Velha (UVV) e da California Academy of Sciences descobriram novas espécies e ambientes marinhos durante as navegações na Cadeia Vitória-Trindade. A cordilheira submarina, que liga a costa do Brasil às ilhas de Trindade e Martin Vaz, no Espírito Santo, é um dos melhores ambientes marinhos do mundo para estudo dos processos de evolução e origem da vida nos oceanos.
Organizada pela Associação Ambiental Voz da Natureza, com o apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, a última expedição, realizada por 14 dias em 2018, registrou espécies como os budiões endêmicos Sparisoma rocha e Halichoeres rubrovirens, que não são encontrados em nenhum outro lugar no mundo além da Cadeia Vitória-Trindade. Imagens submarinas inéditas feitas pelos pesquisadores mostram a riqueza de espécies, cores e ecossistemas marinhos que existem entre 20 e 100 metros de profundidade.
As informações coletadas pelos pesquisadores contribuem com políticas públicas e privadas para a proteção de áreas naturais que abrigam importante diversidade de flora e fauna. O projeto e os diversos estudos conduzidos pelos pesquisadores contribuíram diretamente para a criação e o ordenamento de Unidades de Conservação Marinhas que protegem o monte submarino Columbia, o arquipélago de Martin Vaz e parte da Ilha da Trindade.
O coordenador do prometo e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, Hudson Pinheiro falou sobre o assunto em entrevista especial ao programa Temática na manhã desta terça-feira.
Confira na íntegra.
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