A informação é do diretor do Instituto de Geriatria e Gerontologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), Newton Terra. Segundo ele, que estuda o processo de envelhecimento e da longevidade há 34 anos, existem explicações para que os brasileiros vivam mais em relação a outros períodos. De acordo com o pesquisador é preciso compreender esses fatores que não são somente particulares, mas de vivencia coletiva: “Nós já sabemos porque, hoje, o brasileiro está vivendo em média 77 anos de idade, quando no início do século passado não chegava a 40 anos. Claro que isso desperta a curiosidade dos pesquisadores, porque estamos vivendo mais. Em primeiro lugar a taxa de natalidade baixou, nos anos 70 era em torno de 6 filhos por mulher, hoje passou para 1.7. Em segundo, a taxa de mortalidade infantil também baixou. E terceiro, as melhores condições sanitárias. Hoje temos vários tratamentos para doenças, vacinas que estão proporcionando o aumento da expectativa de vida”.

Conforme o doutor Newton Terra, enganam-se aqueles que pensão que existe uma fórmula mágica para se viver mais: “Não tem nenhum elixir da longa vida, o que sabemos é que existe um estilo de vida. Em primeiro lugar a nutrição, nós sabemos que existem vários alimentos que são benéficos, nós chamamos de alimentos funcionais, que tem propriedades medicinais. Então quando o indivíduo incorpora no seu dia a dia, na sua dieta, alguns alimentos com essas propriedades e evita outros, ele está colaborando muito com o seu envelhecimento. Segundo é dar maior importância para o exercício físico: 20 % da população idosa se exercita regularmente, 80% não. Só essa associação já é suficiente para que a gente evite uma série de doenças. Boa convivência, religiosidade, são um conjunto de atitudes que colaboram para que a gente chegue nessa idade”.   

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