Unidade de Conservação Ambiental Fazenda Gralha Azul. Deve ser essa a denominação da área que o Samae pretende adquirir ainda neste ano. A aprovação para as desapropriações ocorreu na Câmara de Vereadores na quinta-feira (25). O projeto permite que a autarquia adquira as áreas localizadas próximas ao Arroio Marrecas, em Rincão das Flores e conhecida como Parque dos Pinhais. A partir de agora, o Samae trabalha em outro projeto de lei, que irá transformar a área em unidade de conservação.

O local é rico em nascentes de água e diversidade de fauna e flora. Quinhentos hectares serão somados aos cerca de 600 ha já desapropriados para a construção da barragem do Marrecas. Assim, o local que será preservado ambientalmente, e também reflorestado, vai somar mais de 1mil hectares.

O diretor-presidente do Samae, Elói Frizzo, explica que a negociação com as famílias herdeiras da área ocorre há pelo menos dois anos. “Pretendemos, assim que fizermos a aquisição, encaminhar um novo projeto de lei à Câmara transformando a área. O pessoal da educação ambiental do Samae já está apelidando essa área de Fazenda Gralha Azul em função do grande número desses animais”, disse.

O Samae fará o pagamento em forma de permuta, repassando terrenos às famílias proprietárias. Outros R$ 2,9 milhões restantes serão pagos em dinheiro.

Na sessão desta quinta-feira, os vereadores Daniel Guerra e Renato Nunes (PRB) votaram contra o projeto, o que é considerado como oposição ‘burra’ por Frizzo. “Sempre tem uns que não entendem o que é bom para a cidade e fazem uma oposição burra”, afirma. Os parlamentares questionaram o alto gasto da prefeitura com a compra da área.

No ano passado, o Samae também adquiriu 6 ha do Esporte Clube Juventude, próximos à represa da Maestra com o mesmo objetivo de preservação de mananciais. O valor pago foi de R$ 2,9 milhões.