O Sindicato dos Metalúrgicos compareceu a audiência de mediação com a Voges, na tarde de segunda-feira, 24, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Porto Alegre, para discutir sobre as questões trabalhistas envolvendo a empresa.

Assis Melo, presidente do Sindicato, falou dos problemas enfrentados pelos trabalhadores e ex-trabalhadores da Voges que têm salários atrasados e não recebem direitos trabalhistas. Ele ressaltou a dificuldade de fazer acordos com a empresa.

Em nota divulgada pelo Sindicato, devido à falta de confiança do Sindicato dos Metalúrgicos em realizar um novo acordo com a Voges, o juiz desembargador Francisco Rossal de Araujo, ministro convocado do Tribunal Superior do Trabalho (TST), sugeriu a suspensão da reunião de conciliação até sexta-feira.

No próximo encontro, dia 28, às 17h, no TRT, a empresa deverá comprovar o pagamento de R$ 250 para cada trabalhador demitido, como forma de demonstrar boa vontade em pagar as dívidas trabalhistas, e apresentar garantias reais para quitação dos débitos. Em contrapartida, o juiz Juraci Galvão Junior solicitou aos trabalhadores suspender as manifestações também até essa data.

Cerca de 50 ex-funcionários da Voges acompanharam o Sindicato até o TRT, em Porto Alegre. Desses, cinco estavam presentes na audiência. É o caso de Rosilei Francescon que teve que deixar a empresa por não conseguir mais pagar a escola do filho.

Paulo Roberto Fulcher pôde relatar aos juízes sua situação sobre os atrasos de salários referente ao mês de julho e o não recebimento da última parcela do 13º salário do ano passado.