Uma nova modalidade para a construção a base do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) será utilizada pela Prefeitura de Caxias do Sul: a utilização de permuta de imóveis públicos para custeio da obra. O SAMU será o projeto piloto dessa modalidade, que deve servir para a realização de outras posteriormente.

Atualmente o SAMU funciona no mesmo prédio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), na Rua Marechal Floriano, no Centro, onde concentra o estacionamento para as ambulâncias, espaço para as equipes e a Central de Regulação de Urgências (CRU). Com a nova sede, o projeto é ter estrutura para comportar a ampliação que já é realidade e outras necessidades.

Desde junho de 2023, o SAMU de Caxias do Sul é regional: atende a ligações de Caxias do Sul e também de Bom Jesus, Farroupilha, Flores da Cunha, São Marcos e Vacaria (esta última desde 2010, quando iniciou o processo de regionalização). A partir de junho, os municípios de Canela, Gramado e Nova Petrópolis também devem passar a ser atendidos pela Central regional, localizada em Caxias. A futura nova sede trará estrutura adequada para essa Central, que hoje ocupa espaço limitado no prédio da SMS.

Além de novos espaços para equipes e ambulâncias, outras melhorias projetadas são espaço próprio com auditório para capacitações e treinamentos por parte do Núcleo de Educação em Urgências (NEU), que tem o objetivo de qualificar servidores da Secretaria da Saúde e de outras pastas, além de profissionais do SAMU da região, Corpo de Bombeiros e escolas (por meio da Lei Lucas e do Projeto Samuzinho).

Também é projetada a construção de um heliponto, que deve compor a implantação do transporte aeromédico do SAMU, que já está em fase de testes. Em janeiro de 2024, a equipe do SAMU de Caxias do Sul realizou um transporte inédito no Rio Grande do Sul, marcando o início dos trabalhos para a implantação desse modelo de atendimento. Um paciente foi transportado de helicóptero de Capão da Canoa para Caxias em 30 minutos, viagem que teria levado cerca de três horas se fosse realizada por terra. O projeto está em fase de captação de recursos e promovido pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e capitaneado pela equipe local do SAMU, em parceria com as forças de segurança.

Na última terça-feira (23/04), em visita a Brasília, o Prefeito Adiló Didomenico entregou o projeto do transporte aeromédico do SAMU ao deputado federal Lucas Redecker para que encabece a busca de recursos nos órgãos federais ou via emendas parlamentares. O investimento é de R$ 8 milhões ao ano para atender a serviços de urgência e emergência de toda a região, além transportes inter-hospitalares e transporte de órgãos e tecidos para todo o Rio Grande do Sul.

A construção da nova base do SAMU passará por licitação, cujo projeto está em fase final de elaboração, o que inclui a confirmação do local. Após esse projeto piloto, a Prefeitura deve adotar o mesmo modelo para construir estrutura nova e mais adequada para atender o almoxarifado, manutenção e alimentação escolar da Secretaria Municipal da Educação (SMED), além do depósito do Banco de Materiais de Construção da Secretaria da Habitação.