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Ações para viabilização de pagamento aos credores da Surdolimpíadas são discutidas em reunião pública

por Pablo Ribeiro

Grupo de credores cobra prestação de contas, por parte do Comitê de Organização

Foto: Gisele Nozari/Banco de Dados/Prefeitura de Caxias do Sul/Divulgação

Com a proposta de apresentar e detalhar novas ações que buscam viabilizar o pagamento aos credores das Surdolimpíadas, a reunião pública, promovida pela Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação, Cultura, Desporto e Lazer (CECTICDL), trouxe em debate uma forma de apresentar o balanço e prestação de contas do evento, que ocorreu em maio deste ano. Conforme estimativa dos próprios credores, o passivo total seria de cerca de R$ 15 milhões, entre 140 empresas e 500 pessoas.

O entendimento da gravidade da situação foi uma das pautas levantadas pelos credores presentes. Como dado levantado em alguns questionamentos, são mais de 90 dias sem um relatório que explique aos envolvidos o real cenário dos pagamentos, por parte da organização. De acordo com o representante dos credores, Rubens Sullivan, a falta de respaldo é mais uma forma de demonstrar como foi e é a situação da edição das Surdolimpíadas, em Caxias. “São três meses esperando alguma resposta. Vamos ter que pagar pelos outros? O que era para ser um legado se tornou um fiasco”, enfatizou.

O CEO da 24ª edição das Surdolimpíadas, Richard Douglas Ewald, esteve presente ao encontro. De acordo com ele, novos planos de pagamentos já estão sendo feitos por parte do Comitê. “O objetivo de tornar o prejuízo do evento menos agressivo é uma preocupação constante e, para isso, novas linhas de ação estão sendo planejadas. Estamos trabalhando com frentes imediatas. Uma delas é a cobrança por parte das nações que devem. O valor referente a isso é pouco mais de R$ 1 milhão, mas sabemos que não resolve tudo”, pontuou.

Ewald disse acreditar que o acervo midiático do evento poderia ser negociado e servir como paliativo, para as dívidas. “Transformar esse material em uma espécie de museu digital é um projeto que já está sendo preparado para levar às esferas públicas e aos bancos, uma prática comum nesse cenário. Temos, também, um bom relacionamento com uma frente do governo federal e, em breve, estaremos em Brasília, para buscarmos uma mobilização que ajudará no pagamento das contas. São tratativas vistas com cautela, mas estamos avançando”, ponderou.

O secretário municipal do Esporte e Lazer, Gabriel Citton, afirmou que a realização do evento, em Caxias, sempre foi um desejo por parte da pasta, tendo, inclusive, a composição de um grupo gestor criado na definição da edição. Citton destacou que os legados encontrados na realização da Surdolimpíadas se dividem, e uma das consequências é a atual situação com os credores. De acordo com o secretário, o município também se encontra na situação de credor, tendo a receber mais de R$ 400 mil, pelo empréstimo do Parque Mário Bernardino Ramos, onde aconteceu as edições da Festa Nacional 0da Uva. “Observamos dois tipos de legados do evento e, infelizmente, o maior deles é o negativo”, disse.

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