O processo, que teve início em 2017, tem mais um episódio neste mês. A decisão mais recente, ainda em caráter liminar, ordena a desocupação do CTG Rincão da Lealdade. Segundo a determinação, o espaço, de 1,5 mil metros quadrados de área, deve ser esvaziado até 15 de março. Entretanto, os sócios da entidade optaram por recorrer até a data limite.

Uma reunião foi realizada, na noite de segunda-feira (21), no CTG para debater o tema.

Anderson Barros de Oliveira, um dos sócios, recorda que o impasse iniciou no ano de 2005. Na época, a Fundação Universidade de Caxias do Sul (FUCS) procurou o CTG demonstrando interesse. Em 2010, foi oferecida uma área em permuta. Entretanto, a oferta teria sido negada, uma vez que o espaço ofertado não possuía edificação.

Em 2017, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) ingressou com o processo solicitando a liberação da área. Segundo a PGE, a área será destinada para a ampliação do Hospital Geral. No local seria planejado um centro de hemodiálise. Entretanto, Oliveira questiona o fato de não ser apresentados detalhes sobre esse plano.

Oliveira analisa os reflexos negativos caso o CTG seja fechado. Entre os anos de 2020 e 2021 foi firmado um convênio com a Secretaria Estadual de Educação. Alunos de escolas estaduais tem aulas de dança, música, folclore e outras atividades.  Se for efetivada a saída, ele teme que o trabalho seja encerrado.

Presente no encontro de segunda, o deputado estadual Luiz Marenco solicitou uma reunião com o procurador-geral do Estado, Eduardo da Costa. Segundo o parlamentar, o objetivo é reunir os representantes do CTG, a PGE, o vice-governador Ranolfo Viera Júnior e o governador Eduardo Leite para debater uma solução.

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