Na manhã desta terça-feira (22/02), na Prefeitura de Caxias do Sul, ocorreu a primeira reunião do ano da Comissão Especial de Acompanhamento do Projeto de Uso e Gestão do Complexo Cultural e Turístico Maesa. A vice-prefeita Paula Ioris conduziu o encontro, realizado presencialmente, que teve as presenças de representantes das 20 entidades que compõem a comissão, além das secretárias da Cultura, Aline Zilli, e de Planejamento, Margarete Bender, e dos secretários de Gestão e Finanças, Maurício Batista, e do Desenvolvimento Econômico, Elvio Gianni. Estiveram presentes também o vereador Rafael Bueno e o presidente da União das Associações de Bairros.

Coube aos técnicos da Secretaria de Planejamento detalhar a segunda etapa do estudo do escritório de arquitetura Vazquez, vencedor da licitação lançada em 2020 para este fim, que relata as diretrizes a serem seguidas para a ocupação. Integrantes da comissão foram informados que o estudo já recebeu aprovação por parte do Conselho Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural. De acordo com a vice-prefeita, as diretrizes definem indicações para zoneamento, uso e intervenções necessárias, servindo de base para os estudos que virão na sequência.

Com a manifestação do BNDES de que não poderá auxiliar na formatação de um projeto de parceria público-privada, o secretário Maurício Batista informou que a Prefeitura prepara o lançamento de um edital para apresentação de projetos de interesse para viabilidade da ocupação da Maesa. “Será um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) em que grupos poderão se inscrever para a proposição de estudos da ocupação, contemplando o restauro, exploração, operação, manutenção e conservação. Dentre eles, mercado público, restaurante, museu e outros. O objetivo é enxergar a ocupação como um todo e esperamos lançar o edital em março”, sinalizou. Os projetos apresentados serão posteriormente avaliados pela Prefeitura e, os aderentes ao interesse público, apresentados à comissão.

Paula Ioris ainda destacou sobre a cautela de encaminhar os melhores projetos referentes ao complexo. “Um local como esse exige um tempo de planejamento bem calculado. Temos que cumprir com o interesse de utilizar a Maesa como um vetor de ações culturais, turísticas e econômicas, mas sustentável, respeitando e preservando a história do complexo”, reforçou.

Também ressaltou a importância de cada vez mais a comissão estar sintonia e com informações alinhadas para ser canal de comunicação a todos. “Precisamos ter a compreensão da comunidade deste momento para que ocupação seja bem planejada. É uma situação complexa, um prédio histórico que precisa de intervenções, algumas delas urgentes, razão para que sejam feitos esforços no sentido de buscar, senão o consenso, o mais próximo disso para que o resultado final da ocupação efetivamente beneficie toda a comunidade”, convocou.