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Prefeitura de Caxias recebe demandas de entidades empresariais

por Pablo Ribeiro

Prefeito Adiló Didomenico teve encontro com dirigentes de organizações nesta semana

Foto: Samuel Maciel/Prefeitura de Caxias do Sul/Divulgação

Acompanhado pela vice-prefeita Paula Ioris, o prefeito Adiló Didomenico reuniu-se com lideranças de entidades empresariais de Caxias do Sul, as quais apresentaram documento com reivindicações. Participaram dirigentes da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC), Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Sindicato do Comércio Varejista e Sindicato do Comércio de Gêneros Alimentícios. O principal ponto demandado é a área central da cidade. As lideranças pediram mais segurança, diante da ocorrência de uma série de pequenos delitos, e maior fiscalização sobre o comércio ambulante e também sobre os catadores, que retiram dos contêineres o lixo de valor comercial e abandonam o restante sobre as calçadas.

O prefeito afirmou que a Administração tem adotado medidas para amenizar a situação. Citou a criação de uma equipe de servidores da Companhia de Desenvolvimento de Caxias (Codeca), que atua à noite para recolher o lixo deixado ao lado dos contêineres. “A zeladoria melhorou, mas ainda são necessárias outras ações para reverter o quadro”, reconheceu. Também comentou o empenho do Poder Público em resolver o problema do grande número de pombas. Aumento do valor da multa a quem alimenta as aves e fiscalização mais efetiva são as medidas já em andamento.

Voltou a manifestar preocupação com a prática de algumas pessoas que oferecem, com a intenção de ajudar, comida a quem está em situação de rua, mas que, na realidade, é prejudicial. “Estes cidadãos deveriam auxiliar para que estas pessoas se dirigissem aos albergues públicos, onde é oferecida alimentação e local para dormir. Quando ficam na rua, boa parte acaba delinquindo para comprar drogas”, reforçou.

A presidente da Fundação de Assistência Social (FAS), Katiane Boschetti da Silveira, acrescentou que a Administração dispõe de 120 vagas em abrigos, as quais não têm sido usadas integralmente. Informou que, em agosto passado, 419 pessoas em situação de rua buscaram atendimento. Destas, 87 apresentaram dependência química, 81 nunca haviam acessado os serviços e 123 eram migrantes de outras cidades. “Existem limitações legais que nos impedem de obrigar uma pessoa a sair da rua e passar a noite no albergue”, registrou.

Os secretários do Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Emprego, Elvio Gianni, e de Parcerias Estratégicas, Maurício Batista da Silva, detalharam a decisão da Administração de lançar um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) para a consolidação do Centro Comercial Popular visando à colocação dos ambulantes, que hoje ocupam áreas delimitadas no Centro, e de camelôs, que têm suas lojas em prédio na Rua Sinimbu. Com o PMI, a Prefeitura pretende identificar áreas que possam abrigar o empreendimento e a melhor formatação do projeto. O entendimento inicial é que o prédio seja construído pelo setor privado, que seria remunerado com a locação das lojas pelo prazo de 20 a 25 anos. Ao Município caberia administrar o espaço. A intenção é lançar o chamamento do PMI no início de outubro.

A vice-prefeita Paula Ioris lançou no encontro a ideia de criação do Pacto pela Paz em Caxias do Sul, seguindo exemplo de Pelotas. O movimento reúne o Executivo, Legislativo, Judiciário e as entidades da sociedade civil organizada para encontros mensais visando debater e apresentar propostas para diferentes demandas.

A reunião ainda foi acompanhada pelos secretários da Segurança Pública, Paulo Roberto Rosa da Silva, e do Urbanismo, João Uez. Também participaram a diretora da Proteção Social, Suely Rech, e o diretor de Fiscalização do Urbanismo, Rodrigo Lazzarotto.

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