Empresas investem em tecnologia e formação de pessoas para prevenir riscos e corrupção
Baixar ÁudioSetor de compliance ganha espaço mais estratégico e proativo nas corporações
O mercado brasileiro está se estruturando para fortalecer práticas de responsabilidade corporativa e agir na prevenção de riscos internos. De acordo com a pesquisa Maturidade do Compliance no Brasil, realizada em 2021 pela KPMG, um terço das empresas consultadas criou o setor de compliance nos últimos três anos e apenas 4% informaram não possuir essa área, ou equivalente, na companhia. Para aprimorar procedimentos de prevenção, detecção e resposta a atos de corrupção, empresas investem em formação de pessoal e sistemas automatizados.
A tecnologia tem sido uma das principais armas para a gestão de riscos, visto que, manualmente, a tarefa de checar todas as informações necessárias para atestar a idoneidade de uma pessoa ou fornecedor, é quase impossível pelo grande número de fontes. Há quatro anos, o Grupo Marista, que atua nas áreas de Educação e Saúde, desenvolveu uma plataforma, chamada de Hercules, que conecta bases internas e externas e, periodicamente, age para cruzar dados que servem para tomada de decisões. Atualmente, o Hercules faz varredura de mais de 400 mil registros dia em bancos de informações.
O sistema cruza, por exemplo, diversos CNPJs com portais do governo, cartórios, Ministério do Trabalho, entre outros pontos de informações para detectar se há algum problema, como falta de pagamento, ou registro de trabalho análogo à escravidão.
O diretor de Auditoria Interna, Riscos e Compliance do Grupo Marista, Renato Lara, falou amplamente sobre o assunto em entrevista ao programa Temática na manhã desta segunda-feira. Confira o conteúdo completo em áudio (acima).
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