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UCS busca apoio para revitalização do Zoológico para viabilizar reabertura ao público

por Pablo Ribeiro

Desde 2020, Zoológico da UCS está fechado ao público. Hoje, a estrutura abriga mais de cem animais, todos provenientes de resgate e muitos deles em risco de extinção. Despesas mensais estão estimadas em R$ 60 mil

Foto: Zoológico da UCS/Divulgação

A Universidade de Caxias do Sul (UCS) recebeu, na última terça-feira, dia 7 de novembro, representantes de órgãos públicos, privados, organizações voluntárias e interessados em saúde animal durante audiência pública promovida pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio da 1ª Promotoria de Justiça Especializada de Caxias do Sul, com a contribuição do Centro de Apoio de Defesa do Meio Ambiente (CAOMA). O debate buscou soluções conjuntas para tornar mais adequados o recebimento, atendimento e encaminhamento dos animais silvestres em situação de emergência, recolhidos ou apreendidos pelos órgãos ambientais com atuação na Serra gaúcha, visando à proteção à fauna, ao bem-estar animal e ao controle de riscos sanitários.

As manifestações evidenciaram a importância dos serviços prestados pelo Complexo de Saúde Animal da UCS, que conta com o Instituto Hospitalar Veterinário (IHVET), desde 2022, e o Jardim Zoológico, que completou 26 anos em 2023. De acordo com o coordenador do Zoológico e diretor do IHVET, professor Leandro do Monte Ribas, as falas foram em apoio ao investimento de recursos públicos, tanto municipais quanto estaduais, para a ampliação da estrutura do Zoo a fim de seguir atendendo e acolhendo os animais da fauna silvestre resgatados. Entre os encaminhamentos propostos no encontro está uma reunião a ser agendada entre Ministério Público, Secretaria Estadual do Meio Ambiente e UCS para debater cooperações que envolvam aportes financeiros para o desenvolvimento e a ampliação das atividades do Zoo.

Inaugurado em 1996, para acolhimento e tratamento dos animais silvestres a partir da demanda dos órgãos ambientais, o Jardim Zoológico da Universidade abriu as portas para visitação no ano seguinte, com foco na educação ambiental. Antes do fechamento ao público, em 2020, chegou a receber 90 mil pessoas da comunidade geral e 9 mil estudantes dos Ensinos Fundamental e Médio ao ano. Hoje, a estrutura abriga mais de cem animais, todos provenientes de resgate e muitos deles em risco de extinção, 95% deles do bioma regional da Mata Atlântica. A Instituição busca apoios para a manutenção das atividades, cujas despesas mensais estão estimadas em R$ 60 mil, bem como para revitalização do Zoológico com foco no bem-estar animal, na conservação e para viabilizar a reabertura ao público.

Antes do evento, a promotora de Justiça Janaina de Carli dos Santos, que conduziu a audiência, e a coordenadora do Centro de Apoio de Defesa do Meio Ambiente (CAOMA), procuradora Ana Maria Moreira Marchesan, foram recebidas pelo reitor, professor Gelson Leonardo Rech, que afirmou que a UCS deseja reformar e reabrir o zoológico para a comunidade, mantendo as atividades que são de referência e retomando iniciativas como a visitação escolar.

A promotora Janaina de Carli contextualizou a preocupação dos órgãos públicos e ambientais relacionada à destinação dos animais silvestres em um cenário no qual oito de cada dez animais recolhidos no Rio Grande do Sul pertencem à região da Serra Gaúcha. O dado foi compartilhado em reunião que propôs a audiência para aprofundar o debate e também considerou a criação de um Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) na região.

O secretário do Meio Ambiente de Caxias do Sul, João Uez, manifestou apoio municipal ao tema e à presença de um Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS).

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