Movimentos sociais realizam manifestação alusiva ao Dia da Mulher, em Caxias do Sul
Ato abordou sobre a desigualdade, a violência e o feminicídio, chamando a atenção também para as reformas do governo Temer
O Dia Internacional da Mulher foi marcado por diversas manifestações de movimentos sociais em Caxias do Sul, ensta quinta-feira, 08. As atividades começaram com lideranças denunciando, na Câmara de Vereadores, a realidade das mulheres. Representando o Fórum da Mulher Caxiense, Azenira Lazarotto, vice-presidente do Sindilimp, abordou a desigualdade, a violência e o feminicídio, chamando a atenção também para as reformas do governo Temer que prejudicam especialmente as mulheres trabalhadoras.
A vereadora Denise Pessoa, que assumiu hoje a Procuradoria Especial da Mulher, destacou a gritante exclusão das mulheres dos espaços de decisão política e econômica e convocou as mulheres a ampliar essa participação.
Ainda durante a manhã, as mulheres dos movimentos sociais realizaram um protesto na Praça Dante Alighieri, por democracia, soberania, contra as reformas e pelo fim da violência. Diversos segmentos estiveram representados. A atividade foi promovida pelo Fórum da Mulher Caxiense, com apoio do SInpro/Caxias.
Durante a tarde, foi realizado o ato "Performance Corpos - em memória das vítimas do feminicídio", com Scheila Xavier, Nil Cremer e Taís Leite, em frente à Câmara de Vereadores de Caxias do Sul.
Já o encerramento ocorreu na Praça Dante Alighieri, com atividades culturais: perfopalestra "Nem uma a menos" com Ternurinha e mais o texto de Brecht, "A Infância Marie Farrar", apresentado por Tina Andrighetti.
Somente na cidade caxiense, no ano passado, ocorreram sete casos de feminicídios e, no país, o número de assassinatos de mulhetes cresceu 6, 51% de 2016 para 2017 (4.201 mortas em 2016 e 4.473, em 2017). Esses dados conduzem o Brasil para um patamar de 7° lugar entre as nações mais violentas para as mulhetes, num umiverso de 83 países.
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