Radiodifusores cobram do governo federal agilidade no processo de migração do AM para FM
Solicitação ocorreu durante o 27º Congresso Brasileiro de Radiodifusão, em Brasília.
Foto: Divulgação/ Abert
Radiodifusores de todo o Brasil participaram desde a última terça-feira, dia 06, do 27º Congresso Brasileiro de Radiodifusão, considerado o maior congresso de rádio e TV do país. Mais de 1,1 mil pessoas lotaram o Centro de Convenções Brasil 21, em Brasília.
Durante o evento que encerrou nesta quarta-feira, o presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Daniel Slaviero, lembrou os principais desafios do setor. Ele destacou que o processo de desligamento do sinal analógico em TV está se mostrando muito mais complexo que o previsto. “Quero deixar claro que não estou defendendo que o sinal analógico não seja desligado. O que a Abert quer é que o cronograma seja reavaliado diante da conjuntura atual”, ressaltou.
Slaviero também destacou a importância da flexibilização da Voz do Brasil e da definição dos preços de outorga com a migração do AM para FM. “Se esse valor for proibitivo, todos os esforços desses dois anos cairão por terra”, disse. O recém empossado ministro das Comunicações, André Figueiredo, em seu primeiro discurso aos radiodifusores, apontou quais serão as prioridades da pasta. A principal delas, segundo Figueiredo, é definir a tarifa da migração da rádio AM. “Teremos o discernimento necessário para conseguir uma tarifa justa para não afetar as mais de 1.300 emissoras que já manifestaram interesse na migração”, disse.
Sobre o sinal analógico para a TV, o ministro reconheceu ser um assunto que pode precisar de ajuste no cronograma. “Nós faremos qualquer tipo de ação para dialogar incansavelmente com todos os setores. Nenhuma decisão será tomada sem discutir exaustivamente com os radiodifusores”, enfatizou.
Num discurso bastante aguardado pelo público presente, a presidente Dilma Rousseff, ressaltou a importância do desligamento do sinal analógico na televisão brasileira e garantiu que o governo tem se esforçado para desburocratizar os processos de outorga. “Eu determinei que o ministro André Figueiredo mantivesse esse tema como prioridade”. Já sobre o desligamento do sinal analógico, ela enfatizou a necessidade de garantir que pelo menos 93% dos domicílios estejam aptos a utilizar o sinal digital. Para isso acontecer, mais de 11 mil geradoras e retransmissoras do país precisam ser atualizadas, disse ela.
Acompanhe, em áudio, entrevista do jornalista Evandro Fontana com o presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Daniel Slaviero.
Comentários