Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias e Região promete estado de greve a partir de segunda-feira (10)
Definição ocorreu após uma Assembleia Geral realizada nesta sexta-feira (07/07) a céu aberto com a categoria
Os metalúrgicos de Caxias do Sul podem entrar em greve a partir de segunda-feira (10/07). A decisão foi tomada após Assembleia Geral da categoria nesta sexta-feira (07/07), em frente à sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias e Região, na área central do município.
A paralisação poderá ocorrer devido à insatisfação do setor com o reajuste proposto pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias e Região (Simecs) durante as negociações com a categoria. A entidade patronal ofereceu uma correção de 4,24% no salário dos trabalhadores, enquanto o sindicato que representa os metalúrgicos pediu um aumento de 10%. Mesmo após três rodadas de negociação, não houve um consenso entre as partes.
A pauta foi parar na Justiça do Trabalho, após o Sindicato dos Metalúrgicos acionar o poder judiciário. No encontro mediado por dois juízes, o Simecs seguiu com a oferta de 4,24%, proposta que continuou a não ser aceita pelos metalúrgicos. Para tentar uma conciliação, a Justiça do Trabalho propôs 8,5% de reajuste, percentual aprovado na Assembleia Geral desta sexta.
Depois de aceitar a proposta da Justiça, a maioria aceitou entrar em estado de greve a partir de segunda. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Assis Melo, fez o anúncio em frente à sede da entidade. (Ouça a fala)
Em nota, o Simecs se manifestou a respeito da mobilização realizada pelos metalúrgicos:
"Na manhã de hoje, 07/07/2023, houve a intensificação das paralisações do Sindicato dos Metalúrgicos. Temos 10 fábricas de Caxias do Sul impedidas de produzir por meio das manifestações na entrada de cada uma dessas indústrias. O Simecs vem a público manifestar preocupação pela forma como as manifestações estão sendo conduzidas. Nota-se claramente que os atos provocados pelos representantes dos trabalhadores geram constrangimento e coação contra seus representados, com o objetivo de forçar a adesão da categoria ao movimento.
Importante salientar que atos dessa natureza são, inclusive, considerados ilegais perante a Constituição Federal, que garante proteção à propriedade e ao direito de ir e vir. O Simecs reforça que respeita todas as manifestações sindicais, desde que observados os preceitos legais. Por fim, destacamos que o Simecs permanece aberto ao diálogo para a negociação coletiva e atendimento às empresas."
A nota foi assinada pelo presidente da entidade, Ubiratã Rezler.
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