Gabinete de Crise avalia reforço nos protocolos sanitários para eventos em Caxias do Sul
Propostas serão avaliadas em conjunto com os organizadores e as autoridades da segurança pública
Diante do rápido avanço de contaminações provocadas pela variante ômicron e pelo vírus H3N2 nos últimos dias, que causou procura muito acima do esperado por atendimento nas unidades de saúde pública e privada, o Gabinete de Crise da Prefeitura de Caxias do Sul irá propor novas medidas para a realização de eventos, como Carnaval de Rua e Festa da Uva. Em reunião na manhã desta quinta (06/01), o grupo decidiu fazer reuniões com os organizadores dos eventos e setores da segurança para buscar objetivos comuns no reforço dos protocolos sanitários já existentes. Estes encontros serão agendados para os próximos dias.
Na avaliação do grupo, os protocolos adotados na Mercopar 2021 devem ser a base para as discussões locais. O entendimento, neste momento, é pela realização das programações definidas, mas com ajustes ao novo momento da pandemia, que preocupa, principalmente, pelo alto nível de contágio da variante, mesmo que os pacientes apresentem, como regra, sintomas leves, sem a necessidade de internações.
O diretor executivo da Secretaria da Saúde, Dino de Lorenzi, relatou preocupação com a tendência de aumento dos atendimentos à população nas UPAS e Unidades Básicas de Saúde. “Estamos com alta demanda, que pressiona o sistema de saúde, e também preocupados em realizar a testagem no sentido de promover o afastamento precoce de pessoas contaminadas e, assim, diminuir a disseminação do vírus, que também é combatida pelas medidas de contingência, uso de máscara, evitar aglomerações e manter ambientes ventilados”, destacou, acrescentando o reforço médico para a UPA Central. Definiu que o volume atual de consultas é o maior desde o início da pandemia.
A médica Dilma Tessari, representante da Associação Médica de Caxias do Sul e diretora do Hospital da Unimed, validou o posicionamento de Lorenzi, trazendo dados sobre os resultados dos testes para verificação da doença. Antes da nova variante, o índice de positivos variava de 4% a 6% dos testados. Atualmente, vai de 33% a 44%, mas com raras internações. Também citou como preocupação a falta e o custo de insumos para combater a nova variante.
Para o prefeito Adiló Didomenico, uma das causas para o atual momento foi o comportamento de parte considerável da comunidade que abandonou os cuidados sanitários. Entende que, além de retomar a prevenção, é preciso trabalhar fortemente na vacinação. “Acredito que o Brasil superará esta onda porque temos, ao contrário dos países europeus, número expressivo de vacinados. Mas precisamos trabalhar ainda mais na divulgação de que a vacina é a nossa maior arma, defendendo a ciência”, reforçou.
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