Força Nacional fará revistas nas arenas da Rio 2016
A empresa contratada para prestar o serviço desistiu do contrato alegando estar sem dinheiro para convocar pessoal
A Força Nacional de Segurança assumirá mais uma responsabilidade durante os Jogos Olímpicos Rio 2016. O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, informou que policiais que integram a Força Nacional assumirão também a revista nas entradas dos locais de competição e na Vila Olímpica.
A empresa Artel Recursos Humanos, contratada para prestar o serviço, desistiu do contrato, alegando estar sem dinheiro para convocar pessoal. Mais de 3 mil agentes privados eram necessários para o serviço. Segundo o ministro, por abandonar o contrato com o governo, a companhia será multada.
As revistas pessoais e o monitoramento de aparelhos de raio X serão feitos agora por policiais militares, entre eles, aposentados nos últimos cinco anos, que já estavam cadastrados. Uma medida provisória foi editada há tres semanas convocandos os agentes aposentados.
A expectativa é que os serviços sejam até mais bem executados, segundo o ministro.
Moraes recebeu, na Base Aérea do Galeão, cerca de 250 policiais militares que chegaram de São Paulo para compor a Força Nacional. Ao todo, eles somarão 1 mil pessoas.
O ministro também sugeriu ao Comitê Olímpico, para as próximas competições, rever a necessidade de contratação de uma empresa privada para segurança das arenas.
Moraes lembrou que, no início, a Força Nacional faria apenas a segurança em áreas externas. Depois, recebeu a atribuição de atuar dentro das areas olímpicas, fazendo a segurança interna. Agora, assume as revistas.
Em Londres, na última Olimpíada, o ministro comentou que ocorreu a mesma falha. Naquela ocasião, o problema nas contratações foi detectada com 30 dias de antecedência, quando forças militares inglesas também acabaram assumindo a função, de emergência. O valor do contrato com a Artel era de R$ 17,3 milhões.
Sobre as condições financeiras da Artel, o Ministério da Justiça frisou que não havia irregularidade no momento da assinatura do contrato.
A empresa era a segunda na ordem de aprovados em licitação. A terceira colocada, que foi a mesma de Londres, propôs um contrato de emergência de R$ 70 milhões, que foi recusado.
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