Mães e casais extrapolam orçamento para agradar filhos e parceiros
Estudos do SPC Brasil revelaram o comportamento do consumidor brasileiro
Um levantamento realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) com internautas que vivem fora do seu padrão de vida e pertencentes às classes A, B e C, nas 27 capitais, revela que 33% dos entrevistados gastam mais do que o próprio orçamento permite para satisfazer as vontades do parceiro. As principais razões são gostar de agradar, mesmo que seja necessário fazer dívidas (11%), não conseguir ver o parceiro frustrado ou triste (9%), ter dificuldades para dizer não (6%) e não resistir à pressão do parceiro para comprar presentes (4%). Numa situação em que o parceiro ultrapassa o limite previsto no orçamento, sete entre dez pessoas (69%) preferem conversar para chegar a uma solução, mas 23% citam que a questão geralmente termina em broncas, brigas e discussões.
Outro estudo realizado pelo SPC Brasil com mães das 27 capitais que possuem filhos com idade entre dois e 18 anos, revela que seis em cada dez (64,4%) entrevistadas não resistem aos apelos dos filhos quando eles pedem algum produto considerado desnecessário, como brinquedos, roupas e doces. O percentual é mais expressivo entre as mães de meninas (68,9%) e entrevistadas das classes C, D e E (69%). O levantamento mostra ainda, que muitas vezes, nem é preciso que os filhos manifestem o desejo de ganhar um presente para recebê-lo: 59,6% das mães compram produtos não necessários para os filhos sem que eles peçam, apenas pelo prazer de vê-los usarem coisas que gostam.
A economista Maria Carolina Gullo, analisou o comportamento do consumidor nas duas situações citadas pelos estudos em entrevista ao programa Temática desta terça-feira. Confira.
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