Tiago Frank: entre o esporte, a inclusão e a música, as missões e paixões da vida
Professor, profissional de educação física e músico, ex-técnico da Seleção Brasileira de Basquete em Cadeira de Rodas foi o entrevistado do programa Conectado Perfil, na manhã deste sábado
Professor, profissional de educação física, treinador e músico. São muitas as frentes em que Tiago Frank atua. O ex-técnico da Seleção Brasileira de Basquete em Cadeira de Rodas foi o entrevistado do programa Conectado Perfil, na manhã deste sábado (28).
Ouça o programa completo: PARTE 1 | PARTE 2 | PARTE 3
Tiago José Frank nasceu em Caxias do Sul, em 31 de janeiro de 1983. É filho de José Carlos e Gelsi Frank, ambos já falecidos. Tiago ainda tem os irmãos Fabiano e Francine. Cresceu na região do bairro São Pelegrino e estudou nas escolas Presidente Vargas, Cristóvão de Mendoza, La Salle e Santa Catarina.
Tiago tornou-se profissional de educacão física por influência do pai José Carlos, que era professor. “Minha outra influência foi o professor Nelson, na escola Presidente Vargas”, conta.
Apesar de ter pensado em cursar Arquitetura, Frank se formou em Educação Física pela Universidade de Caxias do Sul, onde, inclusive, hoje atua como docente. Em 2006 ele realizou intercâmbio na Espanha. Casou-se com Franciele, arquiteta, com quem tem o filho Pedro.
Em 2009, Tiago ingressou no Centro Integrado das Pessoas com Deficiência de Caxias do Sul (CIDEF). O projeto, mantido dentro da Universidade, promove atividades físicas para pessoas com deficiência.
O trabalho no comando da equipe de basquete em cadeira de rodas do CIDEF teve êxito e rendeu a Tiago novos rumos. Em 2013, ele foi convocado pela Confederação Brasileira de Basquete em Cadeira de Rodas para preparar a seleção sub-21, visando o Parapanamericano de Jovens realizado em Buenos Aires (Argentina) naquele ano. A equipe foi campeã invicta. “Eu sempre tive a pretensão de atuar na Seleção Brasileira. Recebi o convite por telefone pela presidente da Confederação na época, comentando que o trabalho no CIDEF estava rendendo bons comentários”, lembra.
Em 2015, Tiago recebeu o convite para ser treinador da Seleção Brasileira de Basquete em Cadeira de Rodas. “Esse momento foi o ápice da minha carreira. Foi uma surpresa e tanto, eu realmente não esperava”. No ano seguinte, Tiago comandou a equipe nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, onde a Seleção ficou em 5º lugar.
Atualmente, além da Universidade de Caxias do Sul, Tiago também é professor de Educação Física na Escola Municipal Vereador Marcial Pisoni.
Música
Além do esporte, Frank também já atuou na música. O gosto pela arte foi influência da mãe, a conhecida artista plástica Gê Frank. “Aí vem a veia da música. Minha mãe era artista plástica e tinha um trabalho maravilhoso. Além do esporte, essa veia artística me acompanhou em toda minha caminhada. Minhas lembranças da infância era da minha mãe trabalhando com artesanato e expondo em eventos, e boa parte disso eu acompanhava de pertinho”, conta.
Tiago Frank foi baixista da Banda Velho Hippie, que encerrou as atividades em 2017. “Foi uma experiência maravilhosa, palco, música, instrumento, essa relação cultural com a cena da cidade”.
Comentários