Celita Juchem Royo: amiga pra todas as horas
Fundadora da Casa Madre Teresa de Calcutá foi a entrevistada do programa Conectado Perfil deste sábado, 20 de julho
Foto: Divulgação
O Conectado Perfil deste sábado, dia 20 de julho, recebeu a fundadora da Casa Madre Teresa de Calcutá e também da PATNA (Pastoral de Apoio aos Toxicômanos Nova Aurora), dona Celita Juchem Royo. Aos 85 anos, ela dedicou sua vida no cuidado aos mais necessitados, transmitindo afeto e atenção. Nada melhor que, no Dia do Amigo, conhecermos a história de vida dessa “amiga pra todas as horas”.
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Celita nasceu em Caxias do Sul, em 25 de agosto de 1934. É filha de Alfredo Juchem e Ondina Lucena Juchem. “Tive uma infância bastante normal. O pai, principalmente, bastante severo, pois era de origem alemã. Tive uma infância muito feliz”.
Dona Celita exerceu o magistério em Caxias do Sul no Instituto Santíssima Trindade, no Colégio Estadual Cristóvão de Mendonza e Sacre Coer de Marie e na Escola Estadual Presidente Vargas. Lecionava técnicas industriais e domésticas.
O gosto pela cozinha veio desde a adolescência. “Comecei a fazer, como autodidata, nunca fiz cursos, doces e salgados. Com 17 anos eu subia em escadas pra enfeitar os bolos de noivas. Eu lembro que meu pai dizia pra eu ir passear com minhas amigas. Minha vida era na cozinha. Trabalhei 46 anos fazendo doce pra fora e lecionando. Hoje eu passo de costas pra cozinha, com medo que o fogão me chame”.
Celita casou-se com Angel Royo Regil, em 1967. O casal teve os filhos Alexandre e Rafael. Além dos dois filhos, dona Celita também criou os sobrinhos Caren e Eduardo, devido ao falecimento do seu irmão, Romeu. Seu marido faleceu em 1979.
A atenção aos necessitados
Desde jovem, dona Celita se dedica a atividades relacionadas ao cuidado e atendimento às pessoas mais necessitadas. “Desde jovem eu ia para o Hospital Pompéia cuidar das velhinhas no oitavo andar. Durante muitos anos eu fiz isso. O hospital tinha um andar que ele acolhia as pessoas idosas sem família. Eu levava meu tricô e ficava com elas fazendo companhia. É Deus que manda. Eu não tenho mérito nenhum. Ele que me deu”.
Em 1993 dona Celita foi motivada pela Campanha da Cidadania Contra a Fome e a Miséria e Pela Vida, do sociólogo Herbert de Souza, o Betinho. Ela convidou os amigos Pe. Leomar Brustolin, então vigário da Catedral e hoje Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Porto Alegre, e Irinea Scariot (já falecida) e junto com outros amigos decidiu iniciar um trabalho voluntário, conhecido como “Sopão”, que propiciava alimentação aos carentes que circulavam pelo centro da cidade. Foi fundada assim, a Instituição chamada “Pão da Vida”. “A gente dava na base de 240 a 260 pratos por dia. E era coisa boa, tinha o cardápio”.
No ano de 2000, passou a chamar-se “Casa Madre Teresa de Calcutá”, Pastoral Social da Paróquia Santa Tereza. Entre os serviços está a doação gratuita de medicamentos, roupas, cestas básicas para famílias visitadas, fraldas geriátricas, assessoria jurídica e psicológica, confecção de enxovais de bebê, acolhida aos portadores de HIV, cursos de arte culinária e informática.
Dona Celita também foi uma das fundadoras do trabalho da Cruz Vermelha e PATNA (Pastoral de Apoio aos Toxicômanos Nova Aurora) em Caxias do Sul e voluntária da Liga Feminina de Combate ao Câncer. Atualmente ela continua no trabalho voluntário da Casa Madre Teresa.
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