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Projeto caxiense, Hip Hop nas Escolas, é finalista de um dos maiores prêmios de educação do estado

por Isadora Helena Martins

A iniciativa do rapper Chiquinho Divilas concorre mais dois projetos do RS

Foto: Jéssica Drew

Promover a cidadania, o respeito à diversidade e a cultura de paz por meio do rap, da poesia, do graffiti e das danças urbanas. Esse é o intuito do projeto Hip Hop nas Escolas, do rapper caxiense Chiquinho Divilas, que é finalista do Prêmio Educação RS 2019.

O anúncio dos finalistas foi divulgado na última quarta-feira (25) pelo Sindicato dos Professores do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (SinproRS), responsável pela organização do prêmio. Conforme Chiquinho Divilas, a notícia foi recebida com grande alegria por toda a equipe envolvida na execução do projeto. “25 projetos no estado e nós estamos lá. Todos nós ganhamos, não é o Chiquinho, porque sou proponente do projeto. Mas, conjugar no nós né, no singular nós não conseguimos nada. Então precisamos dar sequencia nessa conjugação e ocupar esses espaços como plano de paz. Eu acredito que nós já somos vitoriosos  de estarmos entre os três primeiros”, salienta.

Chiquinho também salienta que a proposta de levar a Cultura Hip Hop para dentro das escolas como recurso pedagógico é uma quebra de paradigmas: “Quando a gente coloca um estúdio móvel dentro de uma escola, que essa é a ideia também de quebrar paradigmas, quando a gente percebe que eles estão gravando e editando seu vídeo. Além de ser um entretenimento pedagógico, o projeto também fala sobre as vivências, fala sobre respeito, por isso que a gente fala da diversidade cultural e, também, da inclusão social”.     

Por meio de oficinas de dança, rima e discotecagem, o projeto também quer colocar o jovem como protagonista no contexto da escola, em uma aposta no ensino como “a cura” para a marginalização e criminalidade. Tendo essa missão como impulso, o projeto já atendeu neste ano as escolas Rosário de São Francisco, Rubem Bento Alves, Marianinha de Queiroz, Cristóvão de Mendoza, Villa Lobos, Melvin Jones e São Victor.

Nesse sentido, Chiquinho relata que mesmo com o aumento do reconhecimento do projeto Hip Hop nas Escolas, é preciso sempre lembrar o motivo pelo qual ele foi criado. “Não podemos esquecer de onde a gente veio, é necessário que a gente faça sempre esse retorno lá nas comunidades. Tinha tudo para dar errado, muitas vezes as escolas não queriam que o Hip Hop entrasse na instituição. E hoje, tem escolas que nos chamam para conversas com o corpo discente sobre sonhos, sobre poesias, lincando a nossa realidade com a educação. Então, fico muito feliz, mas ainda estamos na labuta”, completa.

A partir de agora, até o dia 08 de outubro, os vencedores serão escolhidos por votação on-line, em cédula eletrônica por e-mail, pelos mais de 20 mil professores associados ao Sindicato. O resultado será divulgado no dia 10 de outubro.

Ouça a entrevista completa com Chiquinho Divilas AQUI. 

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