Os índices de violência nas escolas no Rio Grande do Sul têm diminuído nos últimos anos. O segundo semestre de 2017 registrou queda de 27,7% em relação ao mesmo período de 2016. Porém, os números continuam alarmantes: foram registrados 40.607 casos na segunda metade do ano passado.

Tendo isso em vista, a Convenção Interna de Prevenção a Acidentes e Violência Escolar (Cipave) lança programa que possibilita o acompanhamento dos casos de violência. No sistema, as instituições de ensino respondem a questionário logo após a ocorrência. Além disso, a cada três meses, serão divulgados os levantamentos sobre o assunto.

Atualmente, o registro é feito de forma manual, o que não permite a visualização dos resultados de forma efetiva. No novo formato, a cada registro são criados gráficos de desempenho, que ajudam a identificar a frequência e as formas de violência de cada colégio. Segundo a coordenadora estadual do Cipave, Luciane Manfro, o novo sistema vai possibilitar autonomia para o desenvolvimento de trabalhos preventivos.

“A escola não via o retorno desse trabalho. Agora é possível computar em tempo real o que aconteceu e acompanhar os números, além de poder fazer comparativos com outras escolas da região”, destaca Luciane.

Desde agosto de 2015, a Cipave promove palestras em escolas, em parceria com Organizações Não-governamentais (ONGs) e órgãos públicos. Ainda de acordo com Luciane, as medidas se mostram mais efetivas do que o desenvolvimento do assunto em sala de aula pelos professores. A Comissão também promove a formação de alunos para atuarem como mediadores de conflito dentro das comunidades escolares.

Confira o áudio da entrevista com a coordenadora estadual do Cipave, Luciane Manfro no link abaixo da foto.