Mercados se recusam a vender merenda escolar para escolas pequenas
Escola de Caxias do Sul leva quase vinte dias para concluir processo licitatório. Processo burocrático afasta estabelecimentos comerciais.
A escola estadual Kalil Sehbe, localizada no bairro Pioneiro, em Caxias do Sul, esteve sem merenda escolar por cerca de vinte dias. As aulas iniciaram no dia 22 de fevereiro, porém o recurso para compra somente chegou no início de março. Entretanto, a direção da escola teve dificuldade em encontrar mercados com condições e interesse em se habilitar para participar da licitação. De acordo com a coordenadora regional de educação, Janice Moraes, a comunidade escolar estava ciente da situação. Ela também expõe as dificuldades e a preferência dos fornecedores pelas escolas grandes.
A escola Kalil Sehbe tem menos de duzentos alunos e o cálculo para o envio de verba é de R$ 0,36 por estudante. Além dos mercados, parte da verba é utilizada para aquisição de alimentos da agricultura familiar. O fornecimento da merende foi normalizado nesta semana. A situação da escola chegou a ser exposta nas redes sociais. A merenda das escolas estaduais de Caxias do Sul é subsidiada pelo governo federal que envia verbas para que as próprias instituições de ensino façam a compra.
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