Cerca de 520 pessoas com necessidades especiais estão sem atendimento em Caxias do Sul. A Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) do município, responsável pelo acolhimento dessas pessoas, está sem professores, por isso ainda não conseguiu iniciar suas atividades. Segundo a presidente da APAE Caxias, Fátima Randon, os professores que atuavam na entidade eram cedidos pelo Município e a prefeitura realocou esses profissionais novamente na rede de ensino regular, deixando a APAE desassistida. “Estamos dependendo de retorno da papelada que a Secretaria Municipal da Saúde precisa devolver com ajustes para podermos receber o auxílio anual de R$ 192 mil, para contratar professores novos para a nossa escola. Então ainda não teve um acordo final”, revelou.  Ela ainda mencionou que é preciso fazer o preparo dos novos profissionais para o atendimento de alunos na APAE.  

Durante entrevista no programa Conectado da Tua Rádio São Francisco, nesta segunda-feira (18), Fátima Também falou sobre as dificuldades financeiras da entidade, que está sem os repasses de verbas, especialmente para os serviços de saúde. “Nós contamos com cinco fisioterapeutas que a comunidade ajuda a manter para que ocorra o atendimento a mais de 130 crianças”. Segundo ela, há um repasse por meio da Fundação de Assistência Social (FAS) de convênios que enviam verbas federais, mas a entidade depende de doações e recursos arrecadados em ações e eventos promovidos pela entidade, como a tradicional Feijoada da APAE, para custear os gastos de cerca de R$ 120 mil por mês para manter as atividades.

Quanto ao diálogo com a Administração Municipal, Fátima fez um desabafo e disse que não é recebida pelo prefeito Daniel Guerra. “Ele não nos recebe, a gente só conversou com a secretária de Educação Marina Matiello, mas não veio nada definitivo ainda”. A presidente da entidade ressalta que os processos para conseguir a verba estão sendo realizados desde janeiro, mas ainda não houve retorno. (Ouça a entrevista completa no link abaixo da foto)