Professores do estado articulam greve contra reformas do governo Eduardo Leite
Baixar ÁudioNa segunda-feira (18), as instituições de ensino ainda devem ter aula normal
Em protesto ao pacote de reformas estruturais, apresentado pelo governador Eduardo leite na última semana, professores de escolas estaduais de todo o Rio Grande do Sul poderão entrar em greve a partir desta segunda-feira (18).
Para o plano de carreira do magistério a reforma prevê algumas modificações como:
-Redução dos níveis de progressão funcional (de seis para cinco) e pagamento do piso nacional da categoria, como manda a lei.
- Fim dos adicionais por tempo de serviço;
- Mudanças no adicional de difícil acesso;
- Fim do efeito cascata do reajuste salarial;
Conforme o diretor-geral do 1º Núcleo do CPERS Sindicato, David Carnizella, a proposta do governo vai prejudicar ainda mais os servidores que já estão com salários parcelados há cinco anos: “Na mudança que existe vai ter um confisco no contracheque dos [professores] aposentados de 14% a 16% e pra nós, que estamos na ativa, alguns vão ter diminuição de salário, principalmente aqueles que trabalham nas escolas de difícil acesso. Os outros, vão ter o congelamento de salários”.
Carnizella ainda afirma que as novas medidas não trazem o incentivo para a formação continuada dos professores: “Não tem um incentivo para que o professor estude durante a sua carreira. Hoje, pra quem faz pós-graduação, mestrado, tem uma diferença de quando entra na carreira para quando está saindo, de 100 a 200%. Com essa mudança o governador prevê 7% de diferença. Então, eu pergunto para a sociedade: quem vai se interessar pela nossa profissão a partir desse pacote?”.
Ainda não há uma confirmação de quantas instituições vão entrar em greve, pois como destaca o diretor da sede caxiense do CPERS, a adesão é livre.
Além da carreira do magistério o pacote de reformas do governo Eduardo leite prevê alterações nos estatutos dos civis e militares, além de mudanças nas regras de aposentadoria dos servidores estaduais. A justificativa do governo é a contenção das despesas de pessoal no funcionalismo público.
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