Após o Governo do Estado apontar um retorno obrigatório das aulas presenciais para este mês, as escolas estaduais de Caxias do Sul voltaram às atividades nesta semana. Em um primeiro momento, a adesão está baixa e o modelo híbrido segue na rede, metade indo ao colégio e outra metade à distância, com trocas semanais. Devido a este problema, o CPERS é contra a obrigatoriedade imposta pela administração do governador Eduardo Leite.

Em entrevista à Tua Rádio São Francisco, o diretor-geral do 1º núcleo do CPERS, com sede em Caxias, David Carnizella, aponta que algumas escolas do município não possuem capacidade para receber uma turma grande de estudantes. A justificativa estaria na falta de estrutura para cumprir os protocolos contra a Covid-19, como o distanciamento social de um metro. Como Carnizella também leciona na escola estadual Maria Araci Trindade Rojas, ele relata que alguns alunos não moram mais na cidade e estavam realizando as atividades à distância para finalizar o ensino médio. Com a volta obrigatória, este público será prejudicado. A opinião da entidade é que o retorno obrigatório deveria ser em 2022, com a maioria dos estudantes com o esquema vacinal completo contra o coronavírus ou, pelo menos, a primeira dose.

O diretor-geral do 1º núcleo fala que o CPERS fará um levantamento sobre a infraestrutura das escolas para receber os discentes e também para saber quantos voltaram presencialmente. Para isso, o diretório central do sindicato vai passar por algumas cidades do Rio Grande do Sul a fim de auxiliar neste trabalho a partir desta quinta-feira (11/11). A equipe vai estar em Caxias na próxima semana, no dia 17 de novembro. A caravana será realizada até o dia 26 de novembro. A ideia é também reivindicar a reposição salarial à categoria.

Na rede municipal de ensino, a expectativa é que o retorno presencial seja realizado na próxima terça-feira (16/11).

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