Greve dos professores atinge 7.721 estudantes de Caxias do Sul
Baixar ÁudioAté o momento, 12 escolas estaduais estão em paralisação parcial
A greve dos professores estaduais segue no Rio Grande do Sul desde novembro do ano passado por causa do pacote de medidas do governador Eduardo Leite que mexe na categoria. Em Caxias do Sul, 12 escolas ainda estão em paralisação parcial, o que atinge 7.721 estudantes da cidade.
Conforme a 4ª Coordenadoria Regional de Educação (4ª CRE), as instituições Ivanyr Euclínia Marchioro, Presidente Vargas, José Venzon Eberle, Clauri Alves Flores, Imigrante, Olga Maria Kayser, João Triches, Maria Araci Trindade Rojas, Alexandre Zattera, Evaristo de Antoni, Galópolis e José Otão continuam em greve.
O diretor do 1º núcleo do Cpers Sindicato, com sede em Caxias do Sul, David Carnizella, explica que a entidade realizou uma Assembleia Geral ao fim de 2019 para pôr fim a paralisação no estado. A única condição era que o governador Eduardo Leite pagasse aos professores os dias em que estavam em greve. Como a reunião desta semana, na qual se reuniram a presidente do CPERS, Helenir Schürer, e o secretário estadual de Educação, Faisal Karam, terminou em um impasse quanto ao tema, Carnizella afirma que os professores que estavam recuperando as aulas voltarão para a paralisação. (Ouça aqui)
Na tarde desta quarta-feira (08/01), a entidade de Caxias do Sul realizou uma reunião para avaliar a proposta do Governo do Estado quanto ao fim do corte do ponto. Segundo Carnizella, foi definido que o Executivo estadual procura colocar a responsabilidade da greve no sindicato e entende que a administração deve se comprometer em pagar os valores retidos da paralisação. Ele acredita que o governo procura acobertar ao invés de solucionar a questão. (Ouça aqui)
Uma das ações do 1º núcleo para o corte de ponto é a realização de um pedágio solidário, marcado para esta sexta-feira (10/01). O sindicato ainda pretende realizar um bazar para reaver os valores descontados nos dias de greve. (Ouça aqui)
No Rio Grande do Sul, a Secretaria de Educação aponta que 132 escolas estão paradas atualmente. O CPERS contesta o dado e afirma que em Pelotas aproximadamente 70% das instituições estariam em greve, sendo que existem 124 escolas na cidade.
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