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Onze escolas estaduais de Caxias do Sul registram falta de educadores, segundo CPERS

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No Rio Grande do Sul, as instituições apontam que carecem de 343 professores

Foto: CPERS/Divulgação

O CPERS/Sindicato divulgou, nesta semana, o Levantamento de Necessidades das Escolas Estaduais, que ouviu 227 instituições espalhadas pelo Rio Grande do Sul. O número representa menos de 10% do total da rede de ensino. De acordo com o primeiro balanço, faltam 871 educadores nos locais pesquisados.

Os dados apontam que a maioria dos ausentes é professores (343), seguido por funcionários (338) e especialistas (190). Em entrevista ao programa No Ponto, da Tua Rádio São Francisco, a 1ª vice-presidente da entidade, Solange da Silva Carvalho, detalhou a situação de Caxias do Sul até o momento. De 11 instituições que participaram do levantamento, foi relatado que faltam 49 educadores. Ela ainda explica como a pesquisa é feita. “Nós temos uma mídia muito atuante, colocamos a disposição um link para que o pessoal [professores e diretores] colocasse o quanto estão faltando. Por exemplo, na região de Caxias do Sul, responderam, até o momento, 11 escolas, destas faltam 49 educadores, sendo 21 professores, 12 funcionários e 16 especialistas. E a gente tem problemas em outras escolas, como na [Cavalheiro] Aristides Germani, na Renato Del Mese e na São Rafael, em Flores da Cunha, onde tem a maior falta de professores. ”

No estado, o questionário ainda registra que mais de 100 escolas estão com as bibliotecas fechadas, 76 sem laboratório de informática operacional e 89 com estruturas precárias e obras em aberto. Em Caxias, a situação chega a quatro bibliotecas sem funcionamento e duas escolas sem laboratório. Solange conta que recebeu a denúncia de um aluno do Cristóvão de Mendoza sobre a falta de professores em sala de aula. “Recebemos a denúncia de um aluno do Cristóvão de Mendoza, que relatou que disseram que, na sexta-feira, os estudantes não precisariam ir para a escola, porque faltam professores de Arte, Ensino Religioso, Língua Inglesa, Língua Espanhola, Sociologia e Filosofia. O quadro é muito grave. ”

Ela explica que para resolver essa demanda de professores é necessária a realização de concursos públicos e não o fechamento de turmas, como faz o Governo do Estado.

“O fato de não ter professores é muito grave, o que o governo mostra, através de seus projetos, é fechar e juntar turmas ao invés de fazer um concurso público, já que é necessário. Aliás, na votação do pacote, a administração [do governador Eduardo Leite] falou para sociedade que iria fazer um concurso e que, após a votação [da reforma administrativa], colocaria o salário em dia, o que não está ocorrendo. É importante esse chamamento de professores para suprir as demandas das escolas de várias regiões do estado. ”

No ano passado, a 1ª edição do levantamento envolveu 380 escolas gaúchas e apontou a falta de mais de 1.500 educadores.

Central de Conteúdo Unidade Tua Rádio São Francisco

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