Evasão no Ensino Superior chega a 30%, no Brasil
Para reverter o cenário, profissional da educação aponta que é preciso investir mais no nível básico
O índice de evasão em cursos presenciais nas universidades privadas atingiu 30,1%; na rede pública chegou a 18,5%. Os dados são da 8ª edição do Mapa do Ensino Superior, estudo feito pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp). Nos cursos de educação à distância, o índice de evasão chegou a 36,6%, nas particulares; e 30,4%, nas públicas.
Para Andréia Morés, professora do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade de Caxias do Sul (UCS), o cenário pode ser revertido com mais investimentos na Educação Básica. “Temos carência de apoio às crianças, jovens e adultos a continuarem os seus estudos. (Precisamos de) Um apoio que vá além da certificação. Nós não estamos discutindo a obrigatoriedade de ter ou não Ensino Superior. Nós estamos pensando a questão de uma formação humana, num primeiro momento, e que vai corroborar com o processo de formação continuada e da Educação Superior”, aponta.
O estudo indica ainda que os contratos do FIES, o financiamento estudantil do Governo Federal caíram 77%, em quatro anos. Foram 287 mil, em 2014; 168 mil, em 2017. No primeiro semestre de 2018, cerca de 80 mil contratos foram feitos.
Para Morés, o Ensino Superior merece mais investimentos, pois contribui para a formação crítica. “Nós sabemos o quão importante é a Educação Superior para a qualificação humana, para termos mais autonomia, mais conhecimento e capacidade de reflexão crítica sobre o atual cenário que vivemos”, afirma.
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