Com uma carta de indicativos para melhoria das indústrias do Rio Grande do Sul, o presidente da Fiergs, Heitor José Müller, palestrou na reunião-almoço da CIC nesta segunda-feira (30). O documento, já entregue ao presidente interino Michel Temer, foi deixado também nas mãos do líder da entidade, Nelson Sbabo.

Müller lembrou os últimos fatos envolvendo a política nacional e defendeu o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Conforme Müller, o governo atual precisou se reformular às pressas e, por isso, ainda não existe um prazo para que seja cobrado. “Vai depender da sequência do processo de impeachment. Se for confirmado, ele (Temer) poderá encaminhar o que precisa. Ele teve que negociar com partidos, por isso tem gente lá com problemas (ministros), porque o partido continua apoiando. Ele teve que dar uma mão a Deus e outra ao Diabo”, disse. (Acompanhe as declarações completas em áudio)

Para que a economia volte movimentar-se positivamente, Müller diz que os empresários querem ajudar, mas que também precisam não ser atrapalhados. “Criam tantos embaraços , tantas regrinhas. Não somos contra, mas vamos fazer uma coisa em 2016, outra em 2017!”, afirmou.

Contra o remédio amargo - Durante a parte destinada aos questionamentos, o vereador Guila Sebben (PP) sugeriu que há uma acomodação quanto ao dito remédio amargo - que é o aumento de impostos. “Já está provado que o problema não é falta de arrecadação. Os dados mostram isso. Não estou vendo o governo que assume, embora interinamente, vontade de uma reforma administrativa eficiente, mas vejo alguns setores dizendo que é um remédio amargo e temos que aceitar”, disse.