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Entidades empresariais defendem reabertura do comércio não essencial com 25% da capacidade, em Caxias

por Daniel Lucas Rodrigues

Instituições reafirmam posicionamento para flexibilização do atendimento na bandeira vermelha

Foto: Izlene Zortéa/Divulgação

As entidades empresariais de Caxias do Sul se manifestaram na segunda-feira (27/07) sobre a decisão do governador Eduardo Leite (PSDB) em deixar a região da Serra Gaúcha na bandeira vermelha do Modelo do Distanciamento Controlado. Em nota, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), o Sindicato do Comércio Varejista (Sindilojas) e a Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) foram contra a determinação do governo estadual e são a favor de uma flexibilização para alguns setores independentemente da cor da bandeira.

A CDL afirma que deseja a permissão do funcionamento do comércio não essencial com 25% da capacidade e portas abertas para atender à comunidade caxiense. A entidade, junto com as outras instituições e a prefeitura, procura que o Governo do Estado libere esse pedido e também que autorize a reabertura de bares e restaurantes na mesma quantidade. A CDL ainda sugere a realização de eventos no município, por meio de criação de protocolos de segurança contra a Covid-19.

“Já estamos com quase 1,5 mil trabalhadores demitidos pelo varejo caxiense, 23,43% do saldo negativo das demissões no município. Ao mesmo tempo em que vemos tantas restrições ao comércio, não temos observado uma diminuição no número do coronavírus, o que nos dá condições de buscarmos esse entendimento por parte do governo de que o comércio, em especial os micro e pequenos, não pode continuar sendo sacrificados por mais tempo”, defende o presidente.

Sindilojas Caxias também almeja reabertura

O Sindilojas também adere ao posicionamento da CDL. O sindicato é a favor que o comércio varejista não essencial possa atuar na mesma proporção que outros segmentos do setor. Em nota, é reivindicado que os estabelecimentos atuem com 25% do quadro funcional e atendam regularmente os clientes.

A entidade defende que comércio aberto é sinônimo de segurança e respeito aos protocolos de saúde. Ela diz que os espaços colaboram para preservar a saúde dos caxienses para evitar a contaminação pelo coronavírus. Segundo a instituição, o uso de máscara é obrigatório para funcionários e clientes, é estimulado o uso do álcool gel nos estabelecimentos, cumprindo as regras para a prova de roupas e priorizando o atendimento limitado de clientes no interior da loja.  A presidente do Sindilojas Caxias, Idalice Manchini defende que os cuidados devem ser mantidos, independentemente do enquadramento de bandeira.

“A situação atual está insustentável. Os índices de saúde a cada dia se agravam mais e não podemos ficar mais na dependência da mudança de bandeira para abrir as portas. Queremos que haja um tratamento igualitário para o comércio como um todo. Da forma como está, o desequilíbrio entre quem cumpre a bandeira vermelha e quem ignora é evidente. Se é para atender, que seja com 25% dos funcionários e limitação de pessoas para o acesso aos estabelecimentos.”, acredita.

CIC Caxias mostra preocupação

A CIC Caxias apresenta-se muito preocupada com as restrições ao funcionamento de empresas e os possíveis reflexos das medidas sobre a atividade econômica local.

“Temos dito reiteradas vezes que a falta de previsibilidade está afetando os negócios e enfraquecendo a capacidade de as empresas manterem as vendas e, consequentemente, os empregos”, argumenta o presidente da entidade, Ivanir Gasparin.

Para ele, a população de Caxias e Região precisam continuar colaborando com o distanciamento social e evitando, sempre que possível, se expor ou expor outras pessoas ao risco de contágio.

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