A atual baixa na arrecadação é a pior se forem analisados os últimos 30 anos. A afirmação é do secretário municipal de Gestão e Finanças, Gilmar Santa Catharina. Nesta semana, o secretário voltou a apresentar dados sobre a situação financeira de Caxias do Sul. Segundo ele, a defasagem estimada já estaria entre R$ 14 milhões e R$ 16 milhões. Para a reportagem, Santa Catharina, ressaltou a redução no recolhimento de tributos como ITBI, ISS, ICMS e IPTU, já que estes influenciam diretamente na receita. (Acompanhe em áudio)

O secretário também respondeu aos questionamentos sobre a indenização á família Magnabosco. Caso a Justiça permaneça com a decisão de que cerca de R$ 300 milhões sejam pagos, o caixa da prefeitura ficaria comprometido por mais de 20 anos e pararia o município por um ano. A indenização é por conta da ocupação de populares na área da família onde hoje é o bairro 1º de maio.

Contenção - O secretário entende que o decreto do prefeito que determinou redução de gastos é essencial para que não ocorra um rombo maior. Entre as medidas do decreto, estão o congelamento de salários, redução de horas extras em 50% e proibição do uso de veículos públicos no fim de semana. Apesar de ventilado, o possível parcelamento do salário de servidores municipais não é realidade dentro da programação interna da equipe na prefeitura, segundo Santa Catharina.

Contraponto -  Apesar da defesa por parte do secretário, o decreto (nº 18.094), é motivo de questionamentos. Na próxima terça-feira (31), a comissão de direitos humanos da Câmara de Vereadores irá debater o impacto que a medida traz ao serviço público. O encontro é aberto à comunidade e está marcado para às 9h na sala das comissões do legislativo.